João Gordo trata doença por fumar "montanhas de cigarro e maconha"; entenda
De acordo com especialista, enfermidade não tem cura e tabagismo acelera diagnóstico precoce
João Gordo, vocalista do Ratos de Porão, de 58 anos, assustou seus fãs na última semana ao compartilhar uma foto em que aparece fazendo nebulização com um oxímetro no dedo. O cantor foi diagnosticado com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica há três anos.
Nas redes, o músico recebeu apoio do público, mas recusou qualquer sentimento semelhante à dó. “Tudo isso aconteceu porque sou um retardado!", disse João Gordo, que assumiu ter fumado “montanhas de cigarro e maconha".
O músico, inclusive, revelou ao jornal O Globo que não abandonou o hábito. "De vez em quando dou uns bong nuns baseados, mas não é como era antes”. O vício de fumar lhe prejuízos ao longo dos anos, como meses na UTI e seis internações, além de compromissos profissionais cancelados.
O que é Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
De acordo com Bruno Luzorio Fernandes, especialista em clínica médica, a enfermidade é uma inflamação constante nos pulmões, que pode ser causada por uma doença, como a Covid-19, ou desenvolvida a partir dos hábitos do paciente, como o tabagismo.
A inflamação em questão ocasiona o fechamento dos brônquios, o que dificulta o fluxo de ar e a respiração da pessoa. Os principais sintomas são tosse com pigarro, principalmente, pela manhã, associada a uma falta de ar progressiva.
"A falta de ar pode começar com pequenas tarefas e acabar se tornando frequente nos mínimos movimentos cotidianos, podendo a pessoa ter falta de ar até em repouso, como o João Gordo", declara.
Segundo o médico, o uso de maconha associado ao cigarro pode sim aumentar o risco da pessoa desenvolver precocemente a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. É válido ressaltar que o quadro surgir ou não dependendo da quantidade que a pessoa consome. "Não existe uma quantidade segura, mas quem combina maconha e cigarro tende a desenvolver mais cedo".
Tratamento
Não existe cura para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e, segundo o especialista, quanto mais cedo a enfermidade é descoberta melhor é o prognóstico. Os tratamentos para a DPOC podem variar do quadro de saúde do paciente, podendo passar por corticóides e bronco dilatadores, como as bombinhas, para aumentar o fluxo de oxigênio nos pulmões.