João Neto e Frederico preparam reality musical com formato diferente: "Ganhará visibilidade"
Dupla sertaneja se arrisca pela primeira vez na direção de um programa para "democratizar" acesso à música
Consolidados na música, João Neto e Frederico estão prontos para compartilhar a experiência que adquiriram ao longo dos 15 anos de estrada. A plataforma para isso será um reality show musical, que foi idealizado - e futuramente será dirigido - pela dupla. Ainda em estágio embrionário, o programa já acumula particularidades.
De acordo com João Neto e Frederico, já foram recebidas mais de 130 mil inscrições para a primeira edição do reality show musical. Apesar do número alto interessados, eles garantem que o programa não terá caráter de competição, além disso, os prêmios garantidos, por enquanto, não envolvem quantias financeiras. Estão no escopo: visibilidade, uma música autoral com a participação da dupla e um clipe.
“Serão seis pessoas selecionadas, que viverão essa experiência entendendo os mínimos detalhes da profissão, participando do processo de composição, de pós-produção, entendendo toda a logística e detalhes de dia de show [...] enfim, vamos mostrar que a rotina do músico não é só chegar no palco e cantar. No fim, vamos gravar uma música autoral e um clipe com eles”, explica João Neto.
Durante a conversa exclusiva com o Terra, a dupla sertaneja confidenciou mais detalhes sobre a produção, que ainda não tem data prevista de estreia, deu detalhes de seu novo livro, 'A História Por Trás da Fama', e ainda comentou a polêmica envolvendo suposto superfaturamente de shows com verba pública. Confira.
E de onde veio a ideia do reality show? Como será?
JN: “A ideia era algo que a gente alimentava há algum tempo, antes mesmo da pandemia. A intenção por trás do projeto é compartilhar toda nossa experiência que acumulamos durante esses anos de estrada. Mostrar os caminhos que seguimos, os erros que cometemos e apresentar maneiras inteligentes de se trabalhar com a música no cenário atual”.
FD: “Passamos por muitas coisas desde que começamos na música, batemos muita cabeça, seguimos caminhos errados e outros caminhos corretos. Queremos compartilhar isso, democratizar a carreira musical, mostrar que é possível e sustentável”.
Quando falam em “bater cabeça e erros de percurso”, a que se referem exatamente?
JN: “Quando nosso pai nos iniciou na música, isso anos atrás, não sabíamos de nada - nós e nosso antigo empresário. Batemos cabeça para acessar lugares e ganhar o pão de cada dia. Na época, ele não tinha muita experiência e isso dificultou muito, mas conseguimos vencer”.
FD: “Lembro que quando começamos a fazer sucesso, a plataforma de hit era a rádio, hoje é a internet. Vamos mostrar o caminho para essas pessoas. Além disso, lembro também que no início da carreira a gente dava muita bola fora sobre networking, a gente não ligava, queria só saber de música. Atualmente conhecemos todo mundo, para quem a gente ligar, o pessoal atende”.
O programa já tem data de estreia? Como será a dinâmica?
JN: “Bom, ele não será em formato de competição. A nossa ideia é selecionar seis pessoas dentre as 130 mil inscrições que já recebemos e confiná-las em uma residência. Lá, passaremos nosso conhecimento a elas e mostraremos como é a rotina de quem trabalha com a música, mas não só do cantor, mostrar o processo de composição, de pós-produção, a logística de tarefas antes de apresentações e muito mais.
FD: “Ainda estamos em negociação com plataformas de streaming e captando patrocinadores, então ainda não temos muitos detalhes sobre a estreia, mas podemos garantir que será preciso fazer mais de uma edição, pois foram muitas inscrições”.
Sem eliminação, terá vencedor? Qual será o prêmio?
JN: “Para além do conhecimento profissional que a pessoa ganhará, tem a visibilidade. Além disso, a convivência dos selecionados conosco vai render uma música e um clipe autoral, que pretendemos divulgar em larga escala”
FD: “Isso! é um dos prêmios… estamos preparando alguma surpresa também para impactar o Brasil”.
Vocês vão dirigir o projeto. Vocês têm experiência no ramo?
JN: “Não, é um desafio para nós. Estamos trocando ideias com uma equipe para fazer o melhor possível. Estamos atrás de alguém para ajudar a gente a dirigir juntos também”.
FD: “No projeto de mentoria que fazemos também não tínhamos experiência. Começamos do nada e deu certo. Não podemos deixar nossos medos vencerem. Tudo é novidade e não pretendemos desistir”.
Hoje, a representatividade é uma régua importante para headhunters de realities. Estão levando esse fator em consideração na seleção?
JN: “Com certeza, acreditamos que seis pessoas é pouco, mas elas precisam representar o Brasil [...] e o país é vasto e rico culturalmente”.
FD: “Pretendemos colocar sim mulheres, mostrar a música do ponto de vista feminino, abordar o lado estético que a profissão demanda e tudo mais”.
Vocês estão preparando um e-book para 2022, certo? Sobre o que ele vai falar?
JN: “Depois do câncer percebi que não posso mais adiar os projetos. Ele se chama ‘A História por Trás da Fama’ e vai contar os segredos dos nossos 15 anos de estrada, brigas que tivemos e ninguém sabia, segredos nossos, enfim”.
FD: “Acredito que tenha um ‘Q’ de autoajuda. É um livro contando as coisas que passamos. A ideia é que seja lançado até setembro”.
Há algum tempo vocês, assim como Leonardo, tiveram shows suspensos por suspeita de superfaturação com verba pública. Como foi ter o nome da dupla envolvido nessa polêmica?
JN: "Para nós, foi tudo normal. Graças a Deus nossa vida contábil é transparente, está para quem quiser ver. A gente não deve um real de imposto, não aceitamos cachê acima do proposto. Pode até ser um valor alto, mas além do que se deve a gente nunca fez, nunca faz. Nossa vida nesse sentido é um livro aberto.
FD: "Não cheirou nem fedeu, inclusive, o show foi realizado. A prefeitura arrumou a documentação em relação à festa e nós fizemos o show, Leonardo também".