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Johnny Depp volta a depor em processo de difamação contra ex-mulher

Ator nega que tenha agredido Amber Heard e que foi um "choque completo"

20 abr 2022 - 11h01
(atualizado às 11h59)
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Em 2016, a modelo e atriz norte-americana Amber Heard abriu processo contra  o ator e diretor Johnny Depp, acusando-o de violência doméstica. A modelo pediu divórcio
Em 2016, a modelo e atriz norte-americana Amber Heard abriu processo contra o ator e diretor Johnny Depp, acusando-o de violência doméstica. A modelo pediu divórcio
Foto: Reuters

O ator Johnny Depp deve retornar ao banco das testemunhas nesta quarta-feira em um caso de difamação de 50 milhões de dólares que ele disse ter trazido à tona para expor a verdade sobre seu relacionamento com a ex-mulher e atriz Amber Heard, que o acusou de violência doméstica.

Em três horas de depoimento em um tribunal da Virgínia na terça-feira, Depp disse que ele e Heard discutiam, mas ele nunca a agrediu.

Falando baixo e devagar, Depp afirmou que foi um "choque completo" cerca de seis anos atrás, quando Heard "fez algumas acusações bastante hediondas e perturbadoras" de que ele se tornou violento durante o relacionamento.

"Eu nunca cheguei ao ponto de bater na sra. Heard de forma alguma, nem nunca bati em qualquer mulher na minha vida", disse Depp, que usava um terno escuro com o cabelo preso em um rabo de cavalo.

Os dois filhos de Depp de um relacionamento anterior estavam no ensino médio na época.

"A verdade é a única coisa que me interessa", acrescentou. "Estou obcecado pela verdade."

Depp, de 58 anos, alega que Heard, 35, o difamou quando escreveu um artigo em dezembro de 2018 no Washington Post sobre ser uma sobrevivente de violência doméstico. Ele entrou com uma ação de 50 milhões de dólares contra Heard em 2018.

O artigo não mencionou Depp pelo nome, mas o advogado de Depp, Benjamin Chew, disse aos jurados há uma semana que estava claro que Heard se referia ao ator de Hollywood.

Os advogados de Heard argumentaram que ela disse a verdade e que sua opinião estava protegida como liberdade de expressão pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA. Nos argumentos iniciais, os advogados de Heard disseram que Depp a agrediu física e sexualmente enquanto abusava de drogas e álcool.

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