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Jornalista se defende das críticas após ser o 1º a divulgar gravidez de Klara Castanho

Matheus Baldi afirmou que apagou a postagem quando soube que a atriz foi estuprada

28 jun 2022 - 08h50
(atualizado às 09h02)
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Matheus Baldi se defendeu das críticas após expor caso Klara Castanho
Matheus Baldi se defendeu das críticas após expor caso Klara Castanho
Foto: Reprodução/Instagram/Matheus Baldi

Matheus Baldi foi o primeiro a tornar pública a informação que Klara Castanho estava grávida. A atriz foi vítima de estupro e fez valer um direito garantido por lei e entregou o bebê para adoção voluntária. Na última segunda-feira, o jornalista se defendeu das críticas e disse que apagou a sua postagem assim que soube que a artista de 21 anos tinha sido vítima de violência sexual.

Em relato no programa 'Fofocalizando', do SBT, Baldi afirmou que a história começou quando recebeu alerta de alguns seguidores sobre eventuais mudanças no corpo de Klara. Ele diz ter tentado contato com a assessoria da atriz, mas não recebeu retorno. Na sequência, o jornalista contou que recebeu a informação de "uma fonte muito segura" sobre a gravidez. 

"Passados seis dias que essa pessoa me contou, eu recebi uma ligação de uma pessoa que tinha provas, certeza, de que a atriz Klara Castanho estava grávida. Ao receber essa informação da pessoa tendo provas e me dando certeza daquela gravidez, imediatamente eu mandei uma mensagem pra Klara Castanho. [...] Também formalizei na sequência um e-mail pra assessoria de imprensa da Klara Castanho, perguntando se procedia aquela informação", relatou.

"Várias notas que eu trato e apuro, várias vezes o assessor não responde, o artista não responde, mas eu, tendo provas suficientes, eu torno aquilo público, seguro dentro do meu processo de apuração", completou.

No dia 24 de maio, Baldi fez um publicação em que escreveu que Klara Castanho tinha dado à luz há 15 dias, mas que não queria tornar pública a notícia. O jornalista disse que a assessora ligou para ele duas vezes minutos após a postagem. No primeiro contato, ela pediu para que ele apagasse o conteúdo. Na segunda ligação, após falar com um advogado, ela contou que Klara tinha sofrido um estupro.

"Naquele mesmo instante eu disse: 'Claro, vou apagar.' E apaguei. Eram poucos minutos depois, mas ao mesmo tempo aquilo me atormentou e, depois, a Klara me enviou uma mensagem agradecendo pelo que eu tinha feito. Mas eu não vou expor aqui a mensagem que a Klara me mandou", contou.

"Naquele momento em que eu apago o post da Klara, eu tinha plena consciência de que deixou de ser uma fofoca, deixou de ser uma notícia, se tratava de um crime, que inclusive o criminoso tem que pagar por isso. Mas não cabia mais a mim entrar nessa história. Eu arquivei, eu deletei, eu nunca mais mexi nessa história. Eu não posso ser responsabilizado por tudo que, depois, as pessoas sabendo do que se tratava, fizeram. Mas eu nunca mais mexi nessa história porque não era mais da minha alçada. E ela só ia se manifestar se ela quisesse, eu nunca cobrei isso. Ali essa história tinha acabado", justificou.

Entenda o caso 

Klara Castanho não pretendia tornar a situação de foro íntima pública. Porém, uma enfermeria do hospital onde realizou o parto repassou a informação para o jornalista Leo Dias, que contou para Antonia Fontenelle.

Durante uma live, a influenciadora revelou o caso. Ela não citou o nome de Klara, mas deu todos os índicios que levavam até a atriz. Na sequência, Leo Dias publicou uma matéria com detalhes do caso, como local, data e peso da criança. A reportagem foi retirada do ar na noite de sábado após a repercussão negativa do caso.

Entrega voluntária para adoção

Em carta aberta, Klara revelou que descobriu a gravidez já em estágio avançado e resolveu ter a criança mesmo com o direito assegurado por lei de realizar um estupro. Na sequência, ela optou pela entrega voluntária do bebê para adoção, outro direito previsto na Constituição.

A medida é garantida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê que as mulheres que engravidem e não tenham condições ou não queiram ficar com os bebês possam entregá-los para adoção sem serem responsabilizadas pelo ato.

O processo é sigiloso tanto para a mãe como para a criança. A mulher é ouvida e acompanhada por uma equipe técnica. O Poder Judiciário monitora e autoriza o processo. O bebê é encaminhado para adoção por pessoas inscritas no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento.

Fonte: Redação Terra
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