Jornalista sugere Roberto Carlos a presidente ao criticar ambição de Gusttavo Lima
Na CNN Brasil, Felipe Pena suscita risos ao ironizar a pretensão política do sertanejo bolsonarista e compará-lo a Padre Kelmon
No ‘Arena CNN’, o comentarista Vinícius Poit, ex-deputado federal pelo Novo-SP, defendeu a eventual candidatura de Gusttavo Lima à Presidência da República. Na sua avaliação, a inexperiência na administração pública não seria um problema.
“Não é sobre saber fazer política, é sobre emoção, e o Gusttavo Lima tem a emoção das pessoas. Brasileiros de direita e esquerda”, disse.
“Não tem um ser no Brasil, quase, que não conhece o cara. Pode gostar ou não gostar da música, mas já ouviu falar.” Por isso, ele acredita no potencial de votos do sertanejo.
Outro debatedor do dia, o jornalista e escritor Felipe Pena reagiu com deboche. “Se o negócio é emoção, vamos colocar logo o Roberto Carlos, porque aí são tantas emoções que são milhões de votos”, afirmou, referindo-se à letra da clássica música do ‘Rei’ do romantismo. “Roberto Carlos, então, para presidente.”
A âncora Julianna Lopes e Poit riram da ironia do colega. De pensamento progressista, Pena insistiu na crítica ao goiano Gusttavo Lima, adorado pela direita e o agronegócio.
“Política é coisa séria, não dá para as pessoas ficarem brincando, como está fazendo esse cantor. Mas, se por acaso, ele for candidato, Gusttavo Lima é uma espécie de Padre Kelmon com violão.”
Para o analista, o artista será “uma escada para quem for o candidato da extrema direita”. Lembrou do envolvimento do “embaixador” em alguns escândalos e de possíveis problemas com a Justiça. “Ele deve pensar: ‘já elegeram Bolsonaro, por que não vão eleger a mim?’. É uma piada com a política brasileira.”
Gusttavo Lima, de 35 anos, manifestou o desejo de se candidatar a presidente em entrevista ao 'Metrópoles' no início de janeiro. "Eu acho que posso ajudar, talvez mude de ideia até 2026, mas hoje a minha disposição está muito inclinada para me tornar um candidato à Presidência da República em 2026", disse. A declaração gerou burburinho no mundo político, tanto na direita quanto na esquerda.