Justiça não concede habeas corpus a modelo Bruno Krupp
O modelo é o principal suspeito de ter atropelado adolescente no Rio; Krupp está internado na UPA do complexo de Gericinó, em Bangu
O desembargador Milton Fernandes de Souza, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), não conheceu do habeas corpus pedido pela defesa do modelo Bruno Fernandes Moreira Krupp.
O modelo teve a prisão preventiva decretada na última quarta-feira, 3, após ser indiciado pelo atropelamento que matou o estudante João Gabriel Cardin Guimarães, de 16 anos, na semana passada, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
No pedido apresentado no sábado, a defesa de Krupp alegava que a 16ª DP (Barra da Tijuca) fez o pedido de prisão preventiva baseada apenas em dois vídeos da internet, e que a vítima teria atravessado a rua "fora da faixa de pedestres" pouco antes do atropelamento.
O magistrado entendeu que um plantonista não poderia analisar o caso. “Somente podem ser apreciados em regime de plantão pedidos referentes a fatos ocorridos fora do horário de expediente normal, ou que, por algum fato estranho à vontade das partes, não pode ser deduzido dentro desse prazo. Como a competência do plantão é extraordinária, ela deve ser restrita à excepcionalidade, não podendo o plantonista exercer juízo de censura das decisões do juiz natural ou de outro juiz plantonista", escreveu na decisão.
Influenciador estava a 150 km/h
De acordo com informações da Polícia Militar, o acidente aconteceu na Avenida Lúcio Costa, na Barra, por volta das 22h50. O adolescente atravessava a via, quando foi atingido pela motocicleta conduzida por Krupp.
As câmeras de monitoramento de trânsito flagraram o modelo conduzindo uma moto em alta velocidade.
Segundo contou uma testemunha à polícia, a moto que o modelo pilotava estava a pelo menos 150 km/h quando atingiu o adolescente de 16 anos. A declaração consta no inquérito divulgado pela GloboNews.
Ainda a testemunha, ela dirigia o carro dela quando foi surpreendida por uma motocicleta (a de Bruno Krupp) trafegando entre os carros, em alta velocidade e fazendo barulhos com o acelerador. Logo depois, o modelo atropelou o garoto.
A perna esquerda do adolescente foi amputada na hora do impacto e, de acordo com um policial militar, parou 50 metros à frente do acidente. O jovem chegou a ser socorrido, mas não resistiu.