Kate Moss chega aos 40 marcada por polêmicas que não afetam sua carreira

Festas regadas a cocaína, namorados problemáticos, exemplos à sociedade que deturpam completamente o politicamente correto. Kate Moss abrange tudo isso e muito mais. No entanto, por mais chocantes e polêmicos que sejam seus comportamentos, nada parece, de fato, afetar a carreira da britânica. Modelo que chega aos 40 anos, nesta quinta-feira (16), ainda no auge, ainda tão lembrada quanto fora na década de 1990, quando estourou nas passarelas em campanhas publicitárias do mundo ao lado de nomes como Naomi Campbell, Cindy Crawford, Claudia Schiffer, entre outras, hoje sumidas da mídia ou em franca decadência.

Nascida Katherine Ann Moss, no dia 16 de janeiro de 1974, em Londres, Kate viu sua carreira ascender cedo na vida, assim como a esmagadora maioria de suas colegas de profissão. Foi descoberta por Sarah Doukas, fundadora da agência de modelos britânica Storm Model Management, no ano de 1988, quando caminhava pelos corredores do Aeroporto JFK, em Nova York, após uma viagem de férias pelo Caribe. Na ocasião, tinha 14 anos. No ano seguinte, já estampava sua primeira capa de revista. Em 1993, estourou no mundo da moda ao estrelar de topless em uma campanha do perfume Obsession, da norte-americana Calvin Klein.

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Depois disso, tudo pareceu fácil. Ao longo de duas décadas, Moss estampou capas de mais de 300 revistas, além de ter estrelado as mais desejadas campanhas publicitárias de sua área - entre elas grifes como Chanel e Christian Dior. Ela é, de longe, a mais duradoura e popular modelo da história do Reino Unido. Parece nunca sair da moda. Segue vendendo roupas, perfumes e outros produtos como poucas. Qualidade que pareceria ser impossível se considerado o montante de polêmicas com as quais se viu envolvida ao longo dos anos. 

Uma das mais conhecidas ocorreu em 2005, quando uma foto de Moss consumindo carreiras de cocaína estampou a capa do tabloide Daily Mirror e, consequentemente, se espalhou por publicações de todo o globo. Basta lembrar de casos como o do nadador Michael Phelps fumando maconha em uma festa, responsável por fazê-lo perder seus principais e mais endinheirados patrocinadores, para saber que drogas podem ser um grande inconveniente para pessoas públicas como ela. Mas nem isso a afetou. No ano seguinte, Moss já estava ganhando ainda mais dinheiro do que no anterior. 

As polêmicas não se limitam ao uso de entorpecentes. Um dos problemas mais preocupantes entre jovens dos últimos anos, o culto à magreza que leva adolescentes a desenvolverem distúrbios alimentares como anorexia e bulimia, é, em vez de algo que a impulsione a ser porta-voz da causa por sua estrela, motivo de deboche para ela. "Não existe nada melhor do que se sentir extremamente magra" é um de seus lemas mais conhecidos. Em 2011, na data em que celebridades e jornalistas do mundo inteiro exaltavam os benefícios de se parar de fumar no Dia Mundial Sem Tabaco, ela apareceu saindo de um evento dando tranquilas baforadas em um cigarro - e, naturalmente, ganhou todos os holofotes pelo gesto, levando-a a capa das principais revistas de celebridades do planeta.

No campo do amor, as coisas não são tão diferentes. Mãe de uma menina, nascida em 2002, Moss se relacionou com nomes como Johnny Depp, em sua fase mais entorpecida, e Pete Doherty, hoje mais conhecido por suas reabilitações por uso de crack e heroína do que por seu trabalho na banda The Libertines. Casou-se com o músico Jamie Hince, da banda The Kills, em 2012, em uma festa celebrada ao longo de três dias. O pedido de casamento foi feito, vejam só, na cidade de Amsterdam. 

Moss parece estar hoje mais tranquila. Mas, independente disso, se não estivesse, continuaria no topo. Basta considerar seus números. Em 2007, foi apontada pela revista Forbes como a segunda modelo que mais faturou no ano - só perdendo para a profissional que há sete lidera o mesmo ranking, Gisele Bündchen. Hoje, a modelo tem uma fortuna estimada em US$ 40 milhões. Fatura, em média, US$ 9 milhões por temporada. E, no mês em que completa 40 anos de idade, estampa pela primeira vez a capa da Playboy, no ensaio de destaque da edição de aniversário das seis décadas da revista.

"Essa é uma marca de massas global. Então precisávamos de um ícone global para celebrar a data", disse em entrevista recente o diretor editorial da publicação, Jimmy Jellinek. "Estamos falando da maior supermodelo do mundo, a parceira perfeita para nos ajudar a nos lançarmos para os próximos 60 anos". É, Moss continua com tudo.