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Letícia Cazarré dá relato emocionante sobre a filha: "Nunca sei como será o dia seguinte"

Bióloga é esposa do ator Juliano Cazarré; juntos, eles são pais de cinco filhos, entre eles Maria Guilhermina, que nasceu com cardiopatia

21 mar 2023 - 13h40
(atualizado às 15h09)
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Letícia Cazarré com a filha
Letícia Cazarré com a filha
Foto: Reprodução/Instagram

A bióloga Letícia Cazarré, casada com o ator Juliano Cazarré, compartilhou um relato emocionante sobre a filha do casal, Maria Guilhermina, que nasceu com uma cardiopatia, e recentemente precisou ser hospitalizada para novos procedimentos. Até hoje, a pequena já enfrentou três cirurgias.

No relato, dado à revista Marie Claire, Letícia disse que vive diariamente a incerteza do amanhã, já que a saúde da filha é delicada. Além de Guilhermina, ela também é mãe de mais quatro filhos com Juliano, três meninos e uma menina.

"Quando a Madalena fez nove meses, engravidei da Maria Guilhermina. No quinto mês de gestação, recebi o diagnóstico da anomalia na válvula tricúspide, que fica do lado direito do coração, compatível com o diagnóstico de Anomalia de Ebstein, a mais rara dentre as doenças cardíacas. Fiquei dois dias sem chão, de luto, ressignifcando tudo", contou à Marie Claire.

"'Como é que a gente vai cuidar dela?', pensava. A gente não sabia o que era, mas sabia que teria que enfrentar muita coisa. Comecei a estudar os artigos científicos e cheguei no nome do Dr. José Pedro da Silva, um brasileiro que inventou a cirurgia do cone, técnica que corrige a anomalia. Ela tinha um grau leve, mas a doença é muito dinâmica, fazia exames a cada duas semanas", completou.

Ainda durante a gestação, foram percebidos problemas de malformação de órgãos. Maria Guilhermina nasceu em 21 de junho de 2022, momento emocionante para os pais e toda a família, e, logo depois de nascer, Guilhermina foi submetida a uma cirurgia.

"Dez horas depois, ela foi para pra UTI com todos aqueles tubos e drenos, respirando com a ajuda da Ecmo [máquina]. Ver a minha filha sedada, inchada e totalmente diferente do que quando nasceu é muito doloroso", relatou Letícia, que esperou mais 25 dias e duas semanas pela filha, que estava na UTI. Com 40 dias de vida, a bebê precisou ser internada novamente.

Guilhermina chegou a sofrer uma parada cardíaca, que levou os pais a perderem as esperanças. Letícia acredita que um milagre aconteceu, já que a pequena sobreviveu às adversidades.

"A gente encontra uma força dentro de nós que achava que não tinha. Os dias vão passando e vamos vendo que eles são mais fortes do que a gente imaginava", acrescentou.

Depois de seis meses, a bebê pôde ir para casa no dia 15 de dezembro de 2022, com um quarto adaptado para o home care, onde ela pode ser cuidada o tempo todo pela família e profissionais. Mas isso não é suficiente para tranquilizar a mãe.

"A gente vai dormir e não sabe como será o dia seguinte", desabafa a mãe. "Quero vê-la livre de tudo isso, que ela possa ter uma vida normal. É o meu maior sonho".

Fonte: Redação Terra
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