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Luciano Huck sobre acidente: "não ia me perdoar nunca"

"Meu filho só gritava que não queria morrer", lembrou Angélica, que ainda não conseguiu dormir

25 mai 2015 - 20h59
(atualizado em 26/5/2015 às 07h34)
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Luciano Huck e Angélica estavam com os três filhos, Eva, Benício e Joaquim, em avião que fez pouso forçado no Mato Grosso do Sul
Luciano Huck e Angélica estavam com os três filhos, Eva, Benício e Joaquim, em avião que fez pouso forçado no Mato Grosso do Sul
Foto: @lucianohuck/Instagram / Reprodução

Com lágrimas nos olhos e voz embargada, o casal Angélica e Luciano Huck, que sofreu um acidente com um avião bimotor no domingo (24), contou o que aconteceu dentro da aeronave e do trauma que ficou do ocorrido ao repórter José Roberto Burnier durante o Jornal Nacional, nesta segunda-feira (25). "No caminho pro hospital, eu tava feliz na ambulância. Só pensava que eu não ia me perdoar jamais se tivesse acontecido alguma coisa", disse Luciano, ao lado da esposa.

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Os dois, com a tripulação do avião, os filhos e duas babás, fizeram um pouso forçado próximo à cidade de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, voltando do Pantanal, onde Angélica gravava seu programa Estrelas. "Uns 15 minutos depois de Campo Grande, o avião mudou de barulho. Eu olhei o piloto e vi que ele tava mexendo na bomba de combustível, então fui trocar uma ideia com ele e vi que estávamos com um só motor", lembrou Huck. "Essa aqui se desesperou, meu mais velho gritava muito".

"Ele tava muito pálido, e disse que a gente ia cair. Meu filho só gritava que não queria morrer. Eu só não queria que a gente se machucasse muito, só pensava que, se fosse cair, que não machucasse. As batidas faziam um barulho ensurdecedor, mas o coração estava em silêncio. Como se a gente tivesse morrendo mesmo", descreveu Angélica.

Agora mais tranquilos, os dois se dizem imensamente aliviados, embora doloridos. "A Angélica não conseguia andar, a Eva chorava muito e ficou com um inchaço no rosto. Quando a gente chegou no hospital, ninguém sabia de nada", disse Luciano. A esposa completou, dizendo que agora o importante é curar o trauma. "A gente apanhou, mas estou feliz de estar aqui. Agora tem que curar o emocional. Ainda não consegui dormir, fico vendo tudo como se fosse um filme", recordou.

O Jornal Nacional também ouviu o piloto Osmar Frattini, de 52 anos, que contou novamente sobre o procedimento que adotou na ocasião. Ele lembrou como o avião perdeu a potência e começou a cair. "Você tem pouco tempo pra achar um lugar seguro pra pousar nessas horas. Na minha frente, eu vi de repente um lote de gado, uma vaca passou pertinho, subi e coloquei na altitude, aí o avião estabilizou", contou. "Se a asa estivesse torta, muitas pessoas iam se machucar".

O acidente 

O avião fez um pouso forçado a 30 metros de uma rodovia após sofrer uma pane na bomba de combustível. A aeronave é um bimotor do modelo Carajá. Segundo documento da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o avião usado para o transporte dos apresentadores, cujo modelo é o EMB – 820C Carajá, da Embraer, está com as licenças e autorização para voo todas em dia.

Luciano Huck e Angélica estavam no Refúgio Ecológico Caiman, no Pantanal, onde a apresentadora gravava matérias para seu programa da TV Globo, Estrelas. Ambos haviam postado fotos da visita em suas contas do Instagram no dia anterior.

Fonte: Terra
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