Luisa Mell se dispõe a pagar advogado para mãe de Miguel
Criança caiu do prédio após ter sido deixada pela mãe sob a responsabilidade da patroa: 'Me ajudem a não deixar esta mulher ficar impune porque é rica e influente', diz a ativista
Luisa Mell publicou na tarde de quinta-feira, 4, um desabafo sobre a morte de Miguel Otávio, filho de cinco anos da empregada doméstica Mirtes Renata Souza. O menino morreu após cair de um condomínio de luxo no Recife, enquanto estava aos cuidados de Sari Corte Real, patroa de sua mãe. A polícia civil investiga a mulher, que é esposa do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), por homicídio culposo.
"Meu coração está despedaçado. Imaginem o desespero desta criança. Imaginem a dor de uma mãe", disse a ativista, criticando o fato de a patroa ter pago fiançaa de R$ 20 mil e agora responde em liberdade.
"Queremos justiça para Miguel. Por favor, quem conhecer a mãe, entre em contato comigo. Quero ajudar a pagar um advogado para o caso. Me ajudem a não deixar esta mulher ficar impune porque é rica e influente", completou.
Conforme a Polícia Civil, a criança caiu do edifício após ter sido deixada pela mãe sob responsabilidade da patroa, enquanto saía para passear com o cachorro da família. Enquanto a mãe estava fora, o menino tentou entrar duas vezes no elevador e, depois, teve acesso ao 9º andar do prédio. Na área, ficava uma caixa de condensadores de aparelhos de ar-condicionado sem tela de proteção.
Em imagens de câmeras de segurança do prédio obtidas pela TV Globo, é possível ver a patroa falar com a criança e, por fim, permitir que o menino entre sozinho no elevador. Conforme a gravação, ela chega a aproximar a mão do botão do elevador onde ficam os andares mais altos do prédio antes que a porta se feche.
"Esse caso mexeu muito comigo", disse Luisa Mell emocionada, pelos stories do Instagram. "E agora? [Como vai ficar] a família do menino? Meu Deus do céu... [imagina] todo sofrimento. Também tenho um filho de cinco anos. Para mim está sendo devastador essa história. Vou ajudar de toda a maneira que puder", completou a ativista.
'Toda vida importa'
Luisa Mell foi criticada na quinta-feira, 4, por uma postagem na página de sua loja do Instagram com a frase "Toda Vida Importa", que integra uma campanha do seu instituto de defesa aos animais.
A afirmação, no entanto, coincidiu com o "Vidas Negras Importam", usada nos últimos dias nas redes sociais após o caso do homem negro George Floyd, asfixiado até a morte pelo policial Derek Chauvin, nos Estados Unidos, ganhar repercussão global.
A publicação teve milhares de curtidas, mas foi apagada após a repercussão negativa. Luisa Mell afirmou que não é ela que cuida das redes sociais da loja, mas, sim, uma equipe que trabalha com comércio virtual. Ela pediu para os funcionários segurarem a campanha.