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Lula e Fernando Morais pegam covid-19 em viagem a Cuba para documentário de Oliver Stone

21 jan 2021 - 21h05
(atualizado às 21h11)
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Foto: Instagram/Lula / Pipoca Moderna

O ex-presidente Lula e o escritor Fernando Morais ("Wasp Network: Rede de Espiões") foram diagnosticados com covid-19 no dia 26 de dezembro em Cuba. Lula foi ao país caribenho participar de um documentário de Oliver Stone ("Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme"), e precisou passar 14 dias da viagem em quarentena. Já Morais chegou a ser internado num hospital.

Os dois estão curados e desembarcaram no Brasil na quarta-feira (20/1), junto com os acompanhantes, que também passaram por confinamento.

Três dias antes de embarcar, Lula, Morais e a comitiva, formada por mais sete pessoas, fizeram exames de RT-PCR, em que a coleta é feita com cotonete pelo nariz. Deu negativo.

Um dia depois da chegada, todo o grupo repetiu o teste, que voltou a dar negativo. Mas Cuba exige que o exame seja refeito depois de cinco dias, pois existe a possibilidade de o RT-PCR não detectar o vírus logo depois da infecção, devido ao período de incubação.

Foi então que se descobriu que, dos nove viajantes, oito estavam contaminados: Lula, a noiva dele, Rosangela da Silva, Fernando Morais, o fotógrafo Ricardo Stuckert e mais quatro assessores.

A conclusão da investigação epidemiológica foi de que eles contraíram o vírus durante o deslocamento da viagem, em aeroportos ou no avião. O petista voou em um jato alugado pela produção do documentário.

Depois do diagnóstico, Lula fez uma tomografia que acusou que ele tinha lesões pulmonares compatíveis com covid-19. Sem sintomas, ele foi encaminhado para uma casa com os outros que testaram positivo. Apenas Fernando Morais foi para o hospital.

A evolução da doença foi acompanhada, no Brasil, pelo deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da saúde, médico formado pela Universidade de Campinas (Unicamp) e especializado em infectologia pela USP. que conversava quase todos os dias com Lula e com os médicos que acompanhavam o grupo, tomando ciência dos medicamentos receitados - e que integram os protocolos desenvolvidos por Cuba (que são diferentes dos brasileiros).

Nesta quinta (21/1), Lula divulgou um comunicado, que foi publicado em seu Instagram oficial, em que agradece a "dedicação dos profissionais de saúde e do sistema de saúde pública cubano".

"Jamais esqueceremos a solidariedade cubana e o compromisso com a ciência de seus profissionais. Sentimos na pele a importância de um sistema público de saúde que adota um protocolo unificado, inspirado na ciência e nas diretrizes da OMS. E quero estender as minhas saudações a todos os profissionais de saúde que se esforçam para fazer o mesmo aqui no Brasil, apesar da irresponsabilidade do presidente da República e do ministro da Saúde", ele acrescentou.⁣⁣

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Lula também disse que volta de Cuba com uma única certeza: somente a vacinação da humanidade pode livrá-la do coronavírus.

"Parabéns a todos que trabalham no sistema de saúde brasileiro, que estão cuidando com muito sacrifício do nosso povo. E a todos os pesquisadores dos institutos Butantan e Fiocruz, que trabalharam no desenvolvimento destas vacinas. Elas representam nossa única saída nessa pandemia que vitimou milhares de brasileiros".⁣⁣

"Estou preparado pra tomar a vacina, assim que tivermos vacina para todos. Sigo esperando minha vez na fila, com o braço à disposição para tomar assim que puder. E enquanto todos não se vacinam, vou continuar com máscara, evitando aglomerações e passando muito álcool gel", acrescentou.

Veja o post original abaixo.

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