Madonna vai de choro de dor num palco de Paris à apoteose da carreira no Rio
Em quatro anos, cantora supera problemas de saúde, cala os críticos e mostra ainda ser insuperável
‘Madonna cancela show devido a lesões permanentes’ noticiou o jornal ‘Le Parisien’ em 2 de março de 2020. Na noite anterior, a cantora havia desabado no palco da casa de espetáculos Grand Rex, em Paris.
“Estou com muita dor”, disse, chorando, apoiada em um assistente. “Mas eu não quero sua pena. Eu queria fazer essa turnê e vou terminar a todo custo.”
Amigo do blog, o empresário de moda Adi Amaral, de São Paulo, assistiu a um dos shows na capital francesa. “Madonna mal conseguia se mexer no palco. Era aflitivo ver o esforço dela. Foi seu pior momento na carreira, sem dúvida.”
Com apresentações intimistas, ‘Madame X’ se revelou uma tortura para a artista, então com 61 anos e debilitada pelas sequelas de uma ruptura no ligamento de um joelho.
O desgaste físico consequente das coreografias executadas desde a década de 1980 cobravam um preço caro da dançarina que se tornou a mais influente cantora pop de todos os tempos.
A crise de saúde vivida em Paris gerou dúvidas sobre o futuro de Madonna. Muita gente, inclusive na imprensa, afirmava que sua carreira estava acabada. Ela não conseguiria mais fazer shows tamanha a fragilidade de seu corpo.
O ceticismo aumentou em junho de 2023, quando a artista foi hospitalizada em estado grave devido a uma infecção às vésperas de iniciar a turnê ‘Celebration’, pelos 40 anos de trajetória.
Ela não só se recuperou como já fez dezenas de shows nos últimos cinco meses. Mostra vigor surpreendente a quem correu risco de morte em uma UTI e ficou desacreditada. Prova que a coroa do pop continua em sua cabeça – as divas mais jovens que lutem.
Aos brasileiros, a volta por cima da artista tem sabor especial. Além de protagonizar campanha publicitária do Itaú, ela acertou com o banco a realização do show gratuito na praia de Copacabana em 4 de maio.
Será o maior público de sua carreira. Mais de 1 milhão de pessoas devem se espremer a fim de cantar e dançar ao som dos maiores sucessos da cantora. Ela vai encerrar a turnê com chave de ouro.
Feito a ave mitológica Fênix, renascida das cinzas, Madonna mostra ao planeta que ninguém jamais pode subestimá-la. Às vésperas dos 66, volta com força ao auge. As lágrimas viraram diamantes.