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Marcos Oliveira, o Beiçola, abre o jogo sobre fase difícil e problemas financeiros

Marcos Oliveira abriu o coração sobre as dificuldades que passou nos últimos tempos

29 dez 2024 - 15h38
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Marcos Oliveira, o eterno Beiçola de A Grande Família (Globo), deu entrevista ao jornal O Globo, e por lá, abriu o jogo sobre planos profissionais e a fase difícil com bastante dificuldade financeira.

Marcos Oliveira, o Beiçola de 'A Grande Família'.
Marcos Oliveira, o Beiçola de 'A Grande Família'.
Foto: Globo / Mais Novela

"No momento estou envolvido em várias frentes de trabalho. Estou fazendo um show onde canto músicas da MPB. É o "Outros tempos", que faço com o Daniel Ansor, um músico incrível. Mês passado tive três estreias no cinema no mesmo dia, de filmes independentes que ficaram em cartaz por menos de um mês, mas que seguirão carreira pelos streamings da vida. Para 2025, já tenho convite para outros quatro filmes até agora, sendo que um deles rodarei no final de janeiro no Rio", iniciou ele.

"Em fevereiro estou me programado para ir a Portugal filmar o piloto de uma série de comédia sobre uma aristocrata que perde tudo. Farei uma senhora sessentona que, de duquesa, vira dona de casa. Eu amei o convite e topei na hora. Ficarei uns dias lá e depois volto ao Brasil, pois tenho um espetáculo para fazer em São Paulo, ainda em pré-produção. De abril até junho é com o cinema meu compromisso, sendo que em maio estarei filmando e, ao mesmo tempo, em cartaz no Nordeste do Brasil com outro espetáculo, 'As loucas de Copacabana'. Minha vida estará uma loucura. Além disso, tenho convites para projetos em fase de pré-produção que ainda não posso divulgar até estarem com contrato assinado", contou,

O ator, de 68 anos, ainda falou sobre problemas de saúde que enfrentou recentemente. Ele chegou a ser internado e passou por um cateterismo de emergência:

"O cateterismo deu certo. Eu sempre digo para os amigos e amigas próximos que o meu problema maior é a cabeça: se eu estiver sem trabalho, a cabeça dá um nó, porque as contas chegam, e o corpo vai para as cucuias. Psoríase, diabetes, fístula... Tudo começa a dar ruim. Mas, quando estou no ritmo que tenho programado para estar, é impressionante como tudo vai se encaixando aos poucos, dentro de uma normalidade. Meu remédio é o trabalho. Eu amo atuar, estar no teatro. No cinema, então… Minha nossa, como tem jovens produtores independentes me chamando para projetos incríveis, mas que fazem na guerrilha, sem verba. Eu me sinto hoje privilegiado por estar pelo menos no radar destes jovens que começam a fazer cinema e me chamam para papéis ousados e corajosos. Isso é o que me faz sentir vivo e curado de todos os males que o corpo sofre mesmo com quase 70 anos".

O artista também teve questões financeiras e chegou a receber uma ordem de despejo em agosto deste ano por dever três meses de aluguel do apartamento onde estava morando, em Botafogo, na Zona Sul do Rio:

"Para nós que escolhemos ou que fomos escolhidos por essa profissão de artista, a vida financeira será sempre uma incógnita. Infelizmente eu não tive formação para ter outra profissão. Desde os 14 anos como office boy no centro de São Paulo, pegando três ônibus para chegar em casa e tendo que estudar ao mesmo tempo, foi barra", disse.

"Quando surgiu o teatro, eu me agarrei e viajei pelo mundo trabalhando, ganhando pouco, ajudando minha mãe de criação quando dava, morando onde dava, mas pelo menos satisfeito por fazer o que amo. Hoje faço parte de um grupo de colegas artistas representados pela Interartis (associação de gestão coletiva do setor audiovisual) onde buscamos uma melhor equiparação contratual para nossa classe. Há meses estamos nos reunindo e discutindo como melhorar as condições de nossa profissão, para que situações como a minha, que já cheguei na terceira idade, não sejam um sofrimento como é", apontou.

"Sofremos pelo etarismo no audiovisual e por sermos reféns de contratos injustos, onde nossa remuneração é desigual e o lucro do contratante é exponencial. Já conseguimos mobilizar a sociedade civil para a causa da Inteligência Artificial, o que gerou resultados positivos. Recentemente a Associação de Produtores de Teatro (APTR) no Rio conseguiu alertar a Câmara dos Deputados e o Senado sobre a fonte de captação de fundos que financiam o teatro e por aí vai. Estou trabalhando, buscando trabalho e me engajando nas lutas da minha classe, onde espero, antes de morrer, criar condições justas para que estes jovens que estão aí e os que virão não passem pelo sufoco que hoje vivemos. E olha que eu fiquei quase dez anos sem trabalho algum", completou.

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