Mari Maria relembra que tinha vergonha das sardas: 'Foi crucial para eu aceitar'
Em entrevista à Revista CARAS, Mari Maria fala sobre aceitação das sardas, família e sucesso
Ela é a dona de um verdadeiro império. O que começou como uma aventura, produzindo vídeos de maquiagem para a internet, se tornou uma empresa milionária. E Mari Maria (31) faz questão de comandar cada passo do negócio.
O seu público — são mais de 60 milhões de seguidores nas redes sociais — pode até achar que a conhece, mas o novo reality Mari e as Marias, da DiaTV, expõe sua intimidade ao lado do marido, Rudy Rocha, dos filhos, Davi (4) e Noah (2), e do restante da família, sem nada a esconder. Para falar desse e outros desafios, Mari abriu as portas do apartamento paulistano para CARAS e revelou as suas várias versões.
- Em 2024, você completa dez anos como influenciadora. O que passa pela cabeça?
- É uma loucura tudo que vivi. Minha visão era de algo muito incerto. É muito gostoso ver o que se tornou. Tenho várias pessoas que me seguiam trabalhando comigo. Nada foi em vão.
- Como produzir conteúdo mexeu com a sua autoestima?
- A internet foi crucial para aceitar minhas sardas. Eu cobria, tinha vergonha. Na internet, precisei parar e começar minha maquiagem do zero. Percebi que era bonito brincar sem precisar me esconder, graças às seguidoras, que me deixaram mais confortável.
- O que te fez querer começar a produzir vídeos?
- Sou apaixonada por make desde os 7 anos. O que me incentivou no começo era atrair o público, para que visse meus vídeos e me contratasse para maquiar. Foi por incentivo do meu marido que comecei a gravar. Ele me estimulou a filmar e depois editava.
- Falando nele, vocês estão casados há dez anos e também trabalham juntos. Dá certo?
- Não é fácil porque o trabalho, às vezes, te faz brigar. Surgem visões diferentes e aquilo pode gerar conflito. Tentamos nos unir, conversar e, mesmo estressados, tentamos separar aquele momento do pessoal. É uma carga dupla. Precisamos impor limites.
- E como consegue conciliar essa rotina de trabalho, casamento e maternidade?
- A gente não dá conta! Tem sempre algo que não conseguimos carregar. Você delega tarefas a outros. Eu não sou uma supermulher. Eu não sou heroína. Eu tenho que parar minha vida para ter tempo para os meus filhos. Deixo meu celular de lado e me dedico. Está funcionando!
- Me fala mais do reality?
- É algo muito novo para mim. Quero mostrar outro lado da Mari. Nas redes sociais, mostro só o que quero, é tudo muito estratégico. Sei exatamente como vou agir. Quero tirar isso. Como faço para equilibrar uma família gigante, com meus sobrinhos, meus filhos? Como é ter uma sobrinha que tam - bém quer ser influenciadora? As pessoas olham e pensam que é uma vida perfeita, mas existem muitos desafios. Não quero forçar a barra de nada. Não quero roteiros. Eu sou uma pessoa muito estressada, workaholic, rígida. Vão me achar meio doida!
- Como lida com todo esse excesso de exposição?
- Fui entendendo que minhas falas e ações geravam repercussão. As pessoas esperam uma mulher séria, que não brinca, não erra. Tento não me cobrar tanto. Se você for ler todos os comentários, você não tem mais saúde mental. As pessoas falam de uma imagem sua, não de você, porque elas não te conhecem. Com o reality, quero mostrar imperfeições. É importante ouvir menos as pessoas que só querem criticar.
- O que almeja para o futuro?
- A marca está começando a se consolidar. Quero que ela represente cada vez mais o Brasil. Me sinto no dever de trazer a diversidade, focar em mulheres reais. Eu consegui me aceitar me vendo em outras mulheres, então esse é o meu dever. A ideia é não se julgar tanto. Quero levar a marca para outros países e isso é o mais difícil. Quero mostrar como o Brasil é diverso e potente!
FOTOS: Paulo Santos