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"Me ofereciam drogas para emagrecer", diz Suzy Rêgo

Além de contar sobre os bastidores da fama, a artista também criticou a ditadura da beleza: "as pessoas são cruéis".

1 fev 2017 - 13h00
(atualizado em 3/2/2017 às 20h10)
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No ar como a Gilda de Rock Story, a atriz desabafa sobre a pressão que sofreu no início da carreira de modelo e nos primeiros anos de TV, na década de 90. Ela confessa que chegou a ficar em jejum por mais de um dia e passou mal ao ponto de não ter mais força e dormir para enganar a fome. “Fui chamada de gorda, barriguda, falavam do meu cabelo e me ofereciam drogas para perder peso”, conta.

Já passavam das 23 horas quando Suzy Rego mandou um WhatsApp falando que estava livre para conversar com o Portal Terra. Mãe dos gêmeos Marco e Mássimo, de 7 anos, ela não abre mão de ficar cada minuto do tempo livre com os filhos. “Demorei a atender, porque terminei todas as tarefas do dia, mas tinha que brincar um pouco com eles, sabe? Preciso aproveitar”, justificou. Entre a casa que divide com o marido, o também ator Fernando Vieira, em São Paulo, e as gravações da novela, no Rio de Janeiro, a atriz compartilha com simpatia a chegada dos seus 50 anos, a serem comemorados em março.

Atriz Suzi Rêgo em 2012
Atriz Suzi Rêgo em 2012
Foto: TV GLOBO / Bob Paulino / Divulgação

Ela já foi modelo e Miss Pernambuco, mas na gravidez engordou bastante e chegou a fazer parte do time das musas plus size. Crise? Baixa autoestima? Suzy jura que não. Vestindo atualmente o manequim 44, depois de uma reeducação alimentar no grupo Vigilantes do Peso, ela critica a ditadura da beleza e relembra o que ela chama de “maldade” nos bastidores da fama. “Escutei: você é gorda, você é barriguda. Se você usar tal droga vai ficar ótima. Sempre recusei. Tenho verdadeiro horror a drogas”, diz.

Maldade dos bastidores

“Nos anos 90, estava saindo da carreira de modelo e iniciando na televisão. Eu, com muita insegurança, acreditava no que as pessoas falavam. Tinha um cabelo bem natural, com muitos cachos e achava que estava tudo bem, mas comecei a escutar coisas terríveis como: alisa esse cabelo, você é gorda, é barriguda, se mudasse isso ou aquilo ficaria melhor. Eu pensava que escutar aquilo poderia me ajudar, mas a verdade é que as pessoas são cruéis. Era muita maldade falar isso para uma menina de vinte e poucos anos. Esse tipo de comentário mexe com algo muito delicado, como a autoestima. O pior é que muitas pessoas caem nessa loucura e saem se modificando. Graças a Deus, eu percebi logo essa crueldade e soube separar o que era realmente bom e importante para mim."

Ary Fontoura, Tânia Scher, Cláudio Cavalcanti e Suzi Rêgo em 'A Viagem'
Ary Fontoura, Tânia Scher, Cláudio Cavalcanti e Suzi Rêgo em 'A Viagem'
Foto: TV GLOBO/ Bazilio Calazans / Divulgação

Loucuras em nome da beleza

"Eu fiz muita loucura na época de modelo, mas acho que a pior delas foi ficar sem comer. Consegui ficar sem comer por mais de um dia. Foi muito ruim. A pessoa desmaia, passa mal, vomita, tem dor na barriga, fica com um hálito terrível. Quando a fome aperta muito, a solução é dormir. Você deita e dorme, porque não tem nenhuma força. O sono será a única coisa que te alimenta. Outra coisa que me ensinaram foi comer muito em determinado momento, fazer uma espécie de "estoque", para, depois, ficar horas sem se alimentar. Tudo errado."

Drogas

“Acho que o medo evitou que eu fizesse outra loucura. Eu tinha verdadeiro terror de drogas. Nunca ninguém me obrigou a nada, mas me ofereciam muita coisa para eu emagrecer. Muitas pessoas chegavam e falavam assim: 'toma isso aqui, que você vai ficar ótima' e eu respondia não, outro passava e falava: 'se você usar tal droga, você vai ficar bem' e eu negava. Viajei muito como modelo e as ofertas de drogas para emagrecer tinham em tudo quanto é lugar. Nunca usei. Tinha um pavor gigantesco.”

Valores

“O que me salvou foi a preocupação com a saúde e também a leitura. Eu procurei ler sobre meus ídolos, saber sobre as grandes mulheres da arte. Fui procurar saber sobre Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira e a maravilhosa Laura Cardoso. Elas jamais dariam esses conselhos de alisar cabelo, cortar isso, afinar aquilo. Elas falariam: 'vai fazer teatro'. Eu digo para meus colegas, magreza não é garantia de nada. Morei com uma amiga que me falava isso: 'nunca vai faltar trabalho, existe trabalho para todos os tipos, principalmente para quem gosta da gente'".

Suzi Rêgo e Marcelo Faria na novela 'Amor Eterno Amor'
Suzi Rêgo e Marcelo Faria na novela 'Amor Eterno Amor'
Foto: TV GLOBO / João Cotta / Divulgação

Envelhecer

“Eu fiquei chocada com o discurso da Madonna, quando ela ganhou o prêmio de Mulher do Ano, em 2016. Ela falou que hoje em dia ser mulher ainda é um problema e disse: 'nunca cometa o pecado de envelhecer'. Gente, era a Madonna falando isso, um ícone de ousadia, de modernidade, uma artista. Fiquei surpresa. Acho que envelhecer é uma contribuição valiosa. Sou muito otimista. Não gosto de ficar falando 'na minha época era assim', 'no meu tempo...'. O meu tempo é hoje e ele sempre vai ser o melhor, é maravilhoso."

Musas maduras

"Tem que ser nova e magra? Acho que a gente precisa parar de espalhar essas mentiras por aí. Um dia desses assisti a novela A Lei do Amor e vi a dona Vera Holtz reinando. Ela não está com o cabelo liso e preto, não tem vinte anos e deve vestir o manequim 44. Está lá maravilhosa, ao lado do José Mayer, maravilhoso também. Não tenho nada contra o novo, mas como não admirar a Laura Cardoso em um papel sensacional na novela das seis, Nívea Maria, que adoro, e Sônia Braga, que está aí ganhando prêmio." 

Suzi Rêgo e Miguel Rômulo em 'Amor Eterno Amor'
Suzi Rêgo e Miguel Rômulo em 'Amor Eterno Amor'
Foto: TV GLOBO / Divulgação

Segredo do bom casamento

“Estamos juntos há 12 anos. Antes dos meninos nascerem fizemos um trato. A cada problema entre nós pararíamos cinco minutos para conversar. Dois minutos seria para quem estivesse incomodado falar, outros dois para o outro e um minuto final para resolver o problema. Desde que os meninos nasceram nunca mais tivemos esses cinco minutos de DR. Isso foi feito para dar certo. Somos cafonas, gostamos de estar casados. Há discórdia? Sim, claro, mas jamais, nunca mesmo batemos boca na frente dos nossos filhos."

Romance x tesão

“O contexto entre nós é mais amoroso do que sexual. O Fernando é muito fofo, domos namoradinhos. Eu me emociono com as coisas que ele faz para mim. Uma vez preparou um banho de banheira com flores e velas, tudo bonitinho e disse: 'é para você'. Adoro quando chego e, no dia seguinte, ele leva o café na cama, feito por ele mesmo. O Fernando é amoroso, criativo e animado.”

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Fonte: Especial para Terra
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