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Médica alerta para complicações na gestação após perda de Sabrina Sato: 'Cada situação é única'

Em entrevista à CARAS Brasil, a ginecologista Fabiane Gama revela que casos como o de Sabrina Sato são mais comuns em mulheres maduras

7 nov 2024 - 19h47
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Sabrina Sato perdeu o bebê que estava esperando junto com o ator Nicolas Prattes
Sabrina Sato perdeu o bebê que estava esperando junto com o ator Nicolas Prattes
Foto: Reprodução/Instagram / Contigo

Sabrina Sato perdeu o bebê na 11ª semana de gestação; a artista havia compartilhado em suas redes sociais que estava grávida do noivo, o ator Nicolas Prattes, e acabou sofrendo com um aborto inesperado. Em entrevista à CARAS Brasil, médica alerta para complicações na gestação após perda da famosa: "Cada situação é única", afirma.

De acordo com a especialista, as causas principais do abortamento incluem, entre outras, alterações genéticas e cromossômicas. "Com o avanço da idade, há maior risco de erros durante a divisão celular nos óvulos. Esses erros podem resultar em alterações cromossômicas no embrião, como trissomias (exemplo: Síndrome de Down), que muitas vezes são incompatíveis com o desenvolvimento embrionário saudável", diz.

Tem ainda diminuição da qualidade e quantidade dos óvulos. "A reserva ovariana diminui com a idade, e os óvulos remanescentes apresentam qualidade inferior, aumentando o risco de alterações genéticas e dificuldades de implantação", informa a médica. "Problemas Hormonais. Alterações nos níveis de progesterona e outros hormônios que regulam o ciclo menstrual e sustentam a gravidez inicial podem ocorrer com mais frequência em mulheres mais velhas, dificultando a manutenção do embrião no útero", continua Fabiane.

E não para por aí. As causas também incluem doenças crônicas, de acordo com a ginecologista. "Condições como hipertensão, diabetes e doenças autoimunes, mais comuns em mulheres acima dos 40 anos, podem comprometer o ambiente uterino e interferir no desenvolvimento embrionário", fala. "Alterações Anatômicas e Endometriais. Com a idade, aumentam as chances de anomalias uterinas, como miomas e pólipos, além de alterações no endométrio, dificultando a implantação embrionária e favorecendo o abortamento. E fatores imunológicos e trombofilias. Mulheres mais velhas podem ter maior predisposição a condições imunológicas e trombofílicas (propensão a formação de coágulos), que afetam a circulação para o embrião, comprometendo seu desenvolvimento", completa a especialista.

Segundo Fabiane, esses fatores aumentam o risco de abortamento espontâneo, especialmente no primeiro trimestre, sendo que muitos abortamentos em mulheres acima de 40 anos ocorrem por uma combinação dessas causas.

"Quando um abortamento no primeiro trimestre é diagnosticado, o manejo depende do tipo de aborto (completo, incompleto, inevitável ou retido) e do estado clínico da paciente. As abordagens principais incluem expectante, medicamentos e procedimento cirúrgico. O acompanhamento médico durante o processo de abortamento é essencial para garantir a saúde e a segurança da paciente e oferecer orientação sobre cuidados futuros", salienta.

"Para muitas mulheres, é possível retornar ao trabalho e à rotina normal em poucos dias, especialmente se o aborto ocorreu de forma natural e sem complicações. No entanto, cada situação é única, e é importante respeitar o próprio tempo de recuperação", finaliza Fabiane.

LEIA NA ÍNTEGRA NA CARAS BRASIL

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