Médica explica a importância das vitaminas para a saúde
Especialista ressalta que a suplementação deve ser feita com base nas necessidades do paciente, na gravidade da deficiência e nas condições de saúde do indivíduo
A apresentadora Angélica disse em entrevistas que repõe vitamina C. Já a atriz Bruna Marquezine faz suplementação de vitamina B12. No entanto, as duas também pontuaram que seguem orientações de profissionais da saúde conforme a necessidade de reposição. A médica Cíntia Machado (CRM-RS 45.813) esclarece que as vitaminas são compostos orgânicos essenciais para o funcionamento adequado do corpo humano. Ela aponta que as vitaminas não fornecem energia diretamente, mas desempenham papéis cruciais em diversas reações metabólicas e processos biológicos, como a produção de energia, a defesa do organismo e o crescimento celular.
Segundo a especialista, o corpo humano não consegue produzir todas as vitaminas de que precisa, devendo ser obtidas por meio da alimentação ou, quando necessário, por suplementação. Entre as vitaminas mais importantes para o organismo, destacam-se:
Vitamina A (retinol): é fundamental para a saúde da visão, o funcionamento do sistema imunológico e a manutenção da pele e das mucosas. Pode ser encontrada em alimentos como fígado, cenoura, batata-doce, espinafre, couve, ovos e leite. Sua deficiência pode causar cegueira noturna, ressecamento da pele e um aumento na vulnerabilidade a infecções.
Vitamina B1 (tiamina): é essencial para o metabolismo de carboidratos e a produção de energia. Fontes ricas em tiamina incluem carnes, grãos integrais, feijão, nozes e sementes. Sua deficiência pode causar beribéri, condição que afeta o sistema nervoso e cardiovascular, resultando em fraqueza e cansaço.
Vitamina B2 (riboflavina): é importante para o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, além de contribuir para a saúde da pele e dos olhos. Alimentos como leite, ovos, carne, espinafre e cogumelos são boas fontes de vitamina B2. Sua falta pode levar a problemas como inflamação nos cantos da boca, lesões na pele e dificuldades visuais.
Vitamina B3 (niacina): está envolvida no metabolismo de energia e na função do sistema nervoso e digestivo. Pode ser encontrada em carnes, peixes, frango, legumes, nozes e grãos integrais.
Vitamina B6 (piridoxina): é primordial para o metabolismo das proteínas e a produção de neurotransmissores, influenciando o bom funcionamento do sistema nervoso. Fontes dessa vitamina incluem carnes, peixes, batatas, bananas, nozes e sementes. A deficiência de vitamina B6 pode levar a problemas neurológicos, irritabilidade e até anemia.
Vitamina B12 (cobalamina): é necessária para a formação de glóbulos vermelhos e a função do sistema nervoso. Está presente principalmente em alimentos de origem animal, como carnes, peixes, ovos e laticínios. Sua deficiência pode causar anemia perniciosa e problemas neurológicos graves, como formigamento nas mãos e pés.
Vitamina C (ácido ascórbico): é um potente antioxidante que auxilia na cicatrização de feridas, no fortalecimento do sistema imunológico e na formação de colágeno. Frutas cítricas, morangos, kiwis, pimentões e brócolis são fontes ricas desta vitamina. A deficiência pode levar ao escorbuto, com sintomas como cansaço, sangramentos nas gengivas e dificuldade de cicatrização.
Vitamina D: essencial para a saúde óssea, ajuda o corpo a absorver cálcio e fósforo. Pode ser obtida por meio da exposição solar, sendo encontrada em peixes gordurosos, ovos e alimentos fortificados. A deficiência de vitamina D pode levar ao raquitismo em crianças e à osteomalácia em adultos, enfraquecendo os ossos e aumentando o risco de fraturas.
Vitamina E (tocoferol): é um antioxidante que protege as células contra o dano causado pelos radicais livres. É encontrada em óleos vegetais, nozes, sementes e vegetais de folhas verdes. Sua deficiência, embora rara, pode causar problemas neurológicos e musculares, como fraqueza e dificuldades de coordenação.
Vitamina K: é vital para a coagulação sanguínea e a saúde óssea. Fontes dessa vitamina incluem vegetais de folhas verdes, brócolis, fígado e óleos vegetais. Sua falta pode levar a sangramentos excessivos e problemas de coagulação.
Dra. Cintia Machado - Foto divulgação
Suplementação oral ou injetável
De acordo com a médica, a suplementação oral é a mais comum, sendo indicada para deficiências leves a moderadas, além de ser mais conveniente e de fácil acesso. Contudo, Cíntia comenta que a absorção de algumas vitaminas pode ser mais lenta via oral.
Em casos de deficiências graves ou quando o organismo tem dificuldade de absorver os nutrientes, a especialista diz que a injetável pode ser necessária, como, por exemplo, na carência de vitamina B12. Entretanto, após a correção, a forma oral pode ser mantida. "A suplementação oral é geralmente a escolha preferida por ser mais prática e eficaz na maioria dos casos. Porém, é importante avaliar cada situação individualmente", finaliza.