Morto aos 88, Alain Delon namorou atriz brasileira e viveu dias agitados no Rio
Grande galã do cinema francês partiu após longo sofrimento e apelos por eutanásia
“O último grande monstro sagrado do cinema”, assim Alain Delon foi definido por um entrevistado no canal francês CNews. O ator morreu aos 88 anos neste domingo, 18, em sua casa de campo em Douchy, 150 km ao sul de Paris.
Ídolo de gerações, ele foi considerado o homem mais bonito do planeta. Os olhos azuis e o charme arrebataram mulheres e homens, inclusive no Brasil.
O ator esteve algumas vezes no país. Viveu um romance com a atriz Norma Bengell, ícone do cinema nacional. Na maturidade, ela interpretou dona Deise no humorístico ‘Toma Lá Dá Cá’, da Globo.
Delon se encantou também com a cantora Rosemary, mas não teria sido correspondido. Segundo as colunas sociais da época, a modelo Fernanda Bruni também o esnobou.
Em uma das vindas ao Brasil, o artista disse ter realizado um sonho de infância: conhecer a Bahia. Ele sempre foi encantado pelas fotos da cidade de Salvador. No Rio, se divertiu em festas e no Carnaval.
Lembrado pela atuação em clássicos como ‘O Leopardo’, ‘O Sol por Testemunha’ e ‘Rocco e seus Irmãos’, Alain Delon passou os últimos anos de vida em martírio de dores físicas e emocionais.
Chegou a planejar a antecipação de sua morte em procedimento realizado numa clínica da Suíça. Foi impedido pelos três filhos. “Quero morrer, a vida acabou”, disse, fragilizado pelas sequelas de AVCs.
O último registro em vida foram duas fotos postadas por sua filha, Anouchka Delon, no Instagram, mostrando o ator sob os cuidados de um barbeiro, em 13 de julho.
Ela e os irmãos, Anthony e Alain-Fabien estão em guerra pela administração dos bens do pai. Estima-se que o galã francês deixou herança equivalente a R$ 800 milhões.