MP aponta falta de indícios em acusações contra Gusttavo Lima
Investigações envolvem recebimento de valores, venda de uma aeronave e a apreensão de valores em cofre
Um parecer do Ministério Público de Pernambuco apontou que não há indícios de lavagem de dinheiro ou exploração de jogos ilegais nas acusações contra Gusttavo Lima. O cantor chegou a ter prisão decretada - que posteriormente foi revogada - no âmbito da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo bets.
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As investigações contra o sertanejo e Balada Eventos e Produções LTDA envolvem recebimento de valores, venda de uma aeronave e a apreensão de valores no cofre da empresa.
De acordo com o parecer, que o Terra teve acesso, a primeira acusação, que “diz respeito ao recebimento dos valores de R$ 4.947.400,00 e R$ 4.819.200,00, provenientes da empresa Esportes da Sorte”, o relatório reconheceu que “decorram da compra da Aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS, matrícula PR-TEN”.
O documento reforça que há nos autos “cópia da minuta do contrato de compromisso de compra e venda dessa aeronave, com reserva de domínio; e cópia do distrato do compromisso de compra e venda”.
Também é sinalizada a existência de “cópias de balanço financeiro e de extratos de movimentações bancárias que demonstram a restituição integral de valores recebidos feita pela empresa Balada Eventos e Produções LTDA à empresa Esportes da Sorte”.
Quanto aos valores de R$ 112.309,00, 5.720,00 euros, 5.925 libras e 1.005 dólares, apreendidos no cofre da Balada Eventos e Produções, o texto explicou que “a mera apreensão desses valores no cofre da empresa, desprovida de informações que indiquem sua origem, não implica na conclusão de que são provenientes de jogos ilegais”.
Por fim, o parecer pede que seja reconhecida a incompetência do Juízo Criminal, “com remessa de cópia dos autos ao referido Juízo, a quem compete apreciar o indiciamento do sócio da empresa requerente, bem como decidir sobre a manutenção das medidas cautelares já deferidas e efetivadas”.
Em nota, a defesa de Gusttavo Lima destacou que o parecer “reflete a convicção de que o artista e suas empresas não cometeram nenhum crime de lavagem de dinheiro, organização criminosa e exploração de jogos ilegais”. A equipe do cantor também reforçou a existência de contratos que comprovam a origem dos valores.
Veja o comunicado completo
“A defesa do cantor Gusttavo Lima informa que o parecer emitido pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco sobre a operação Integration reflete a convicção de que o artista e suas empresas não cometeram nenhum crime de lavagem de dinheiro, organização criminosa e exploração de jogos ilegais.
Reflete também que todas as operações comerciais realizadas com as empresas envolvidas na investigação foram pautadas por contratos e comprovantes bancários, e que o valor apreendido no cofre da Balada Eventos não pode ser atribuído a exploração de jogos ilegais ou qualquer outro crime. Cabe ressaltar que a defesa do cantor já havia enviado à Justiça extratos bancários que comprovam que os valores são fruto de saques da própria conta corrente da empresa”.