Mulher denuncia injúria racial após falha em e-mail da Magazine Luiza: 'Criminosa'
Susan Sena recebeu um e-mail da Magazine Luiza que continha termo de cunho racista; cliente decide denunciar empresa de varejo
Susan Sena, cozinheira que relatou ter sido vítima de injúria racial, abriu o coração sobre um caso de discriminação que viveu recentemente. Em entrevista ao Portal Leo Dias, ela comentou que fez uma denúncia após receber um e-mail automático da Magazine Luiza com um insulto racial chocante.
"Eu simplesmente não conseguia acreditar que, em 2025, uma empresa do porte da Magazine Luiza pudesse cometer um crime racial contra uma cliente. Fiquei tão chocada que cheguei a tirar e colocar os óculos, na esperança de que o que estava escrito pudesse mudar", desabafou.
O impacto de Susan ao visualizar o e-mail
Susan contou que, ao ler a mensagem, ficou em estado de choque e tentou confirmar o que estava acontecendo. "Eu saí do aplicativo, eu entrei, eu atualizei a página, sabe? Eu dei um zoom pra ver se era aquilo mesmo que eu estava lendo. Olhei o e-mail, se era o mesmo e-mail que estava escrito lá, Susan. Se era o mesmo e-mail que estava escrito lá, macaca. Você não espera isso acontecer, não sabe o que pensar, não raciocina. Eu fiquei uns 10, 15 minutos tentando acreditar no que eu estava vendo", relatou.
O e-mail foi recebido logo após a realização de um reconhecimento facial no aplicativo da loja, o que, segundo Susan, deixou evidente o teor discriminatório da mensagem. "Senti que era meu dever mostrar ao mundo que a atitude da loja foi criminosa e que sou a vítima dessa situação… tenho total ciência de que não devo me calar".
Como a Magazine Luiza lidou com o caso?
Sobre o suporte recebido, Susan declarou insatisfação com a postura da empresa. Segundo ela, duas funcionárias informaram que o cadastro feito em 2011 já continha o termo ofensivo e que uma investigação seria realizada. No entanto, a equipe de TI apontou dificuldades para identificar o responsável devido ao tempo transcorrido.
A situação ficou ainda mais contraditória quando, após a repercussão do caso, a empresa publicou uma nota afirmando que o cadastro foi realizado online em 2011, divergindo das informações fornecidas anteriormente.