Não reconhecida em loja de SP, Oprah foi impedida de fazer compras na Europa
Em Paris e Zurique, a apresentadora mais rica do planeta viveu situação semelhante à da personagem de Julia Roberts em ‘Uma Linda Mulher’
Viralizou o passeio de Oprah Winfrey no Cidade Jardim, um dos shoppings mais luxuosos de São Paulo. A apresentadora deu autógrafos, posou para selfies e vídeos do TikTok, e gastou R$ 10 mil em três bolsas na loja da Misci, do estilista Airon Martin.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo na ‘Folha’, os vendedores não reconheceram a artista norte-americana, que veio à capital paulista palestrar em um evento de líderes promovido pela XP.
Eles só tiveram noção da importância da cliente gringa – a apresentadora de TV mais rica do planeta, com fortuna equivalente a R$ 14 bilhões – ao serem avisados por Bruno Astuto, diretor criativo do shopping e acompanhante da convidada VIP.
Causa estranheza que funcionários de um shopping da elite não saibam quem é Oprah. Afinal, ela é o sonho de qualquer vendedor que vive de comissão. No Brasil, a gafe foi tratada com bom humor. Mas a comunicadora passou por situações constrangedoras ao tentar fazer compras na Europa.
Em julho de 2013, ela pediu para ver uma bolsa de pele de crocodilo na loja ‘Trois Pommes’ de Zurique, na Suíça, com a intenção de comprá-la para usar no casamento da amiga Tina Turner.
Sem saber com quem estava falando, a vendedora se recusou a mostrar a peça. Argumentou que era “cara demais”: cerca de R$ 200 mil na cotação atual.
Ao comentar o episódio na CNN, Oprah afirmou ter se sentido como Vivian, a personagem de Julia Roberts no filme ‘Uma Linda Mulher’, que é humilhada por uma atendente numa boutique de luxo.
Na hora, a apresentadora pensou em insistir e “comprar a loja inteira”, mas desistiu para não beneficiar a vendedora desavisada com uma comissão altíssima. Diante da repercussão negativa na mídia internacional, o escritório de turismo da Suíça pediu desculpas.
Oito anos antes, a estrela da TV foi impedida de entrar numa das unidades da Hermès em Paris, onde queria comprar um relógio. Ela estava turistando, sem maquiagem, acompanhada de amigos também negros. Frustrada, deu meia-volta.
Em reação às manchetes sobre o caso, a marca explicou que a loja já estava fechada, apesar da movimentação de vendedores e clientes no interior do estabelecimento.
“Se Céline Dion ou Barbra Streisand tivessem pedido para entrar após o expediente, não haveria problema”, disse um amigo de Oprah, em sigilo, ao ‘Daily News’, sugerindo atitude discriminatória dos funcionários da Hermès.
Houve um pedido de desculpas e o diretor da marca ligou para a artista a fim de convidá-la para voltar à loja. Apesar das evidências, a apresentadora – um dos maiores ícones negros da história contemporânea – declarou que não foi um caso de racismo.