Nego Di lança biografia após ficar preso por 130 dias: 'Tenho que poder ter voz'

Após enfrentar meses de polêmicas e um período de 130 dias na prisão, Nego Di está lançando um livro para compartilhar sua trajetória e reflexões sobre o cancelamento. A obra, intitulada Volta Por $ima - O Homem que fez do cancelamento a oportunidade de virar o jogo, publicada pela DISRUPTalks, apresenta um relato sobre os desafios que enfrentou ao longo da vida e como lidou com a rejeição pública. "A vida não é apenas um cancelamento. Há muito mais para se deixar no mundo, como uma grande construção de legado, ou seja, aquilo que é para sempre e que, principalmente, vai poder ajudar alguém", afirmou o influenciador digital.

A publicação também detalha o impacto do cancelamento em sua carreira e como ele encontrou formas de se reerguer após as críticas. Nego Di, que chegou a acumular milhões de seguidores antes de sua queda, desabafa sobre a pressão que sofreu. "Quebrei com sete milhões de seguidores, e é muito difícil quebrar assim. As pessoas não podem decidir quando as outras têm que se calar ou não. A internet e o mundo precisam ser uma democracia, então, se eu quiser falar, também tenho que poder ter voz", pontuou. Sua participação no Big Brother Brasil 21, onde foi eliminado com uma das maiores rejeições da história do programa (98,76% dos votos), marcou o início de sua relação conturbada com o público. No entanto, ele acredita ter tirado proveito da situação: "Peguei os 98% dos limões que recebi e fiz uma limonada 100%. Consegui tirar proveito em meio às adversidades."

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Os desafios de Nego Di, contudo, não se limitaram à rejeição digital. Em 2024, o humorista viu seu nome envolvido em uma nova polêmica, desta vez relacionada a um suposto esquema de fraude. Ele foi acusado de envolvimento em uma rifa virtual fraudulenta, na qual o prêmio anunciado era um veículo de luxo da marca Porsche. A denúncia resultou em sua prisão e, posteriormente, na aceitação formal da acusação por parte da Justiça. Em fevereiro, ele se tornou réu pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e promoção de loteria ilegal.

A primeira audiência do caso está marcada para março deste ano, e a investigação revelou que o esquema teria movimentado mais de R$ 2,5 milhões em rifas consideradas ilícitas. Além de Nego Di, sua esposa, Gabriela Vicente de Sousa, também foi indiciada, respondendo por lavagem de dinheiro dentro do mesmo processo. A defesa do casal sustenta que não houve intenção criminosa e que todas as transações foram realizadas de forma transparente.