O rei solitário: Roberto Carlos vive longe de parentes e sofre dor de vários lutos
Cantor parece encontrar no contato com fãs nos shows o antídoto para rotina longe das pessoas que ama
A caminho dos 84 anos, Roberto Carlos vive um dos períodos de agenda mais cheia da carreira. Ele aproveita a boa saúde para rodar o Brasil, os Estados Unidos e a Europa em concertos sempre lotados.
Muita gente se pergunta: por que o cantor mais bem-sucedido do país ainda trabalha tanto? A resposta talvez seja a solidão. O artista das multidões parece querer cada vez menos ficar sozinho em sua cobertura triplex no Rio.
Roberto Carlos mora apenas na companhia de empregados. O filho mais velho, Rafael, de 57 anos, vive com a mulher e os dois filhos em São Paulo. A filha Luciana, 54, mora com o marido e as filhas em Londres, na Inglaterra. Os irmãos do artista – Carlos Alberto e Norma – também moram distantes dele.
Muitos parentes já morreram. Entre eles, os filhos Ana Paula (em 2011) e Dudu Braga (2021), o irmão Lauro (2021) e a sobrinha Ana Luiza (2016). A lista de amigos falecidos é igualmente extensa. Estão nela a produtora Suzana Lamounier de Moura (2024), o parceiro de sucessos Erasmo Carlos (2022), a fiel secretária Carminha (2023) e a assessora Ivone Kassu (2012).
No cotidiano, Roberto Carlos vai de seu apartamento para o estúdio próprio, a menos de 10 minutos de carro. Raramente sai de seu bairro, a Urca. Não é visto em restaurantes, festas, na casa de outros famosos. Os raros dias de férias são geralmente em Miami, onde possui um luxuoso imóvel. Mas nunca foi flagrado a ‘turistar’ pela região.
Ele é refém da fama. Não consegue passar despercebido. Evita lugares públicos para não gerar aglomeração. Por isso, o autoisolamento. No ano passado, disse ter uma nova namorada. Verdade ou brincadeira? A imprensa ainda não descobriu. Roberto Carlos é uma das poucas celebridades a conseguir blindar completamente a intimidade.
Estar nos palcos, diante de centenas e até milhares de fãs a cada show, parece ser a maneira de o cantor minimizar a solidão e a dor de tantos lutos seguidos. Afinal, não adianta ser bilionário sem ter afeto e calor humano ao seu redor.