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Peça estrelada por Rosane Gofman ajudou mãe homofóbica a aceitar filha LGBT

'Eu Sempre Soube' é baseada em relatos reais de mulheres diante da homossexualidade ou transexualidade dos filhos

23 nov 2022 - 12h59
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Sentada à mesa de uma cafeteira nos Jardins, em São Paulo, Rosane Gofman demonstra crescente entusiasmo ao falar do espetáculo solo 'Eu Sempre Soube', em cartaz no Teatro Eva Herz, no Conjunto Nacional, até o início de dezembro.

"O assunto da peça é universal. O combate à homofobia interessa a todo mundo", afirma a atriz. "Tenho orgulho de subir no palco para falar disso."

Não é exagero: houve aumento de 33% no número de LGBTs mortos de maneira violenta no Brasil em 2021 na comparação com o ano anterior.

No monólogo escrito e dirigido por Márcio Azevedo, Rosane interpreta a jornalista Majô Gonçalo. Em cena, ela faz uma palestra a respeito do livro que acabou de lançar.

O relato das dores provocadas pela homofobia foi baseado em entrevistas com quase 100 mães de LGBTs.

"Tem mães que rejeitam, outras demoram a acolher e aquelas que imediatamente dão a mão a seu filho", explica a atriz.

"Independentemente da reação, eu acredito no amor maternal. Não há mãe que não ame seu filho. Incondicionalmente, pode ser que nem todas amem."

O drama com momentos cômicos mexe com a plateia. "Há muita emoção. Eu também me emociono em todas as sessões", conta Rosane.

"Muitos meninos gays vêm falar comigo, me abraçam. Dizem: 'Como eu queria abraçar minha mãe assim'. Dizem o quanto queriam ser aceitos na família. Espectadores que não têm filho gay comentam que precisam mudar sua visão sobre o assunto."

Rosane Gofman diz se emocionar ao final de todas as sessões do espetáculo
Rosane Gofman diz se emocionar ao final de todas as sessões do espetáculo
Foto: Reprodução

Certa vez, na temporada carioca, uma mãe foi levada por outra, sem saber direito o tema da peça. Ao final, caiu em pranto nos braços da atriz. "Contou que ao saber que a filha tinha uma namorada, teve uma crise, foi agressiva. E se mudou de cidade, sozinha."

A conversa virou um desabafo e a atriz decidiu ajudar a espectadora aflita. "Eu sugeri a ela que gravasse algo para a filha, no celular. Ela concordou. Gravou dizendo que amava a filha, pedindo desculpas."

Pouco depois, de madrugada, Rosane recebeu uma mensagem da filha da mulher: 'Não sei o que sua peça fala, eu só sei que ganhei minha mãe de volta'. "E eu ganhei por fazer essa peça", afirma a artista.

O melhor amigo de infância de Rosane Gofman era gay, assim como um sobrinho. Questionada qual seria a reação caso um de seus 3 filhos se revelasse homossexual, ela pensa um pouco antes de responder.

"A princípio, talvez, eu tivesse um pouco de medo por conta do que o gay vive no mundo, mas aceitaria na boa. Sou uma pessoa que faz muita terapia."

Mesmo sem ter vivido a situação em casa, ela abraçou o movimento que ajuda as famílias a lidar com a homossexualidade ou transexualidade dos filhos e o preconceito na sociedade.

"Eu virei uma mãe pela diversidade. Mexeu com uma, mexeu com todas. Diante da homofobia, não é possível que uma mãe não seja parceira de outra."

'Eu Sempre Soube' - Em cartaz até 8 de dezembro

Teatro Eva Herz - Conjunto Nacional, Av. Paulo 2073

Quartas e quintas, às 20h

A peça tem momentos cômicos e muito drama, assim como a vida de quem faz parte da comunidade LGBTQIAP+
A peça tem momentos cômicos e muito drama, assim como a vida de quem faz parte da comunidade LGBTQIAP+
Foto: Reproduções
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