Príncipe árabe ‘amigo’ de atriz polêmica é temido até pelo presidente dos EUA
Mohammad bin Salman possui ‘a casa mais cara do mundo’, time de futebol e o poder de manipular a economia do planeta
A monarquia da Arábia Saudita está cercada de mistérios. Um aspecto todos conhecem: o príncipe herdeiro é um dos homens mais poderosos do mundo.
Com 37 anos, Mohammad bin Salman comanda efetivamente o País, já que seu pai, rei Salman, de 86 anos, vive debilitado pelo Mal de Alzheimer.
O príncipe tem em mãos a segunda maior reserva de petróleo do planeta (perde só para a da Venezuela) e uma das maiores de gás natural. Isso dá a ele uma influência imensurável.
A seu mando, a produção de barris de petróleo pode ser aumentada ou diminuída. Com isso, impacta o preço internacional e afeta as maiores economias, como a dos Estados Unidos e da União Europeia.
Recentemente, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse que poderá reavaliar a relação com a Arábia Saudita depois de o País anunciar corte na produtividade diária.
Essa redução pode elevar o preço dos combustíveis e, consequentemente, abalar a popularidade do democrata. Com tamanho poder de interferência, o príncipe saudita causa calafrios na Casa Branca.
Quando assumiu as rédeas do reino, Mohammad bin Salman vendeu a imagem de reformador. Surgiu a crença de que ele flexibilizaria as leis repressoras – especialmente em relação às mulheres – baseadas na versão mais rígida do Islamismo.
Pouco depois, passou a ser visto como autoritário e perigoso. Envolveu-se em algumas polêmicas. Uma das piores foi o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. De alinhado da família real, ele se tornou um dos mais maiores críticos dos Salmans.
Em outubro de 2018, entrou no consulado saudita em Istambul, na Turquia, e nunca mais foi visto. Uma investigação do governo dos EUA indicou que o príncipe herdeiro pode ter autorizado a morte. O reino nega.
Mohammad também foi acusado de tentar espionar o celular de um dos homens mais ricos do mundo, Jeff Bezos, dono da gigante de e-commerce Amazon e da empresa de exploração espacial Blue Origin.
O objetivo seria colher informações comprometedoras a fim de pressioná-lo a impedir que seu jornal, o ‘The Washington Post’, continuasse a publicar matérias negativas sobre a monarquia saudita.
Mohammad tem o lado pitoresco. Fã de futebol, ele lidera o fundo de investimentos que comprou o time inglês Newcastle em 2021. O clube não ganha o campeonato nacional (Premier League) desde 1909.
Com fortuna pessoal de 18 bilhões de dólares, cerca de R$ 95 bilhões (o patrimônio de sua família equivale a R$ 7,4 trilhões), o príncipe herdeiro é dono também da casa mais cara do planeta.
Trata-se do Chateau Louis XIV, em Louveciennes, perto de Paris. Um castelo que imita o luxo extravagante do vizinho Palácio de Versalhes. A propriedade de 7.000 metros quadrados foi comprada em 2015 por 275 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão).
A biografia de Mohammad bin Salman inclui ainda a surpreendente amizade com a atriz norte-americana Lindsay Lohan, do clássico juvenil ‘Meninas Malvadas’, famosa pelo comportamento controverso.
Em 2019, a imprensa internacional noticiou que os dois estavam ‘muito próximos’. A insinuação caiu como uma bomba: o nobre árabe é casado e pai de 4 filhos.
As más línguas disseram que a ruiva de Hollywood havia ganhado um cartão de crédito ilimitado do admirador. A monarquia negou a ligação potencialmente perigosa de seu príncipe com a artista encrenqueira.