PUBLICIDADE

Quem é CEO PJ Neto, que entrevistou Chiquinho Scarpa, no podcast Festa da Firma

Personagem satiriza arquétipo do mercado financeiro e faz parte de uma lista de criações do humorista Ceará

7 jun 2024 - 19h24
Compartilhar
Exibir comentários
CEO PJ Neto, personagem criado por Wellington Muniz, o "Ceará"
CEO PJ Neto, personagem criado por Wellington Muniz, o "Ceará"
Foto: Divulgação/Festadafirma / Estadão

Na quinta-feira, 6, Chiquinho Scarpa revelou ao videocast de Wellington Muniz, o Ceará, que já teve uma "criação de anões". A fala foi criticada e o milionário se desculpou nas redes sociais.

CEO PJ Neto, personagem criado por Wellington Muniz, o "Ceará"
CEO PJ Neto, personagem criado por Wellington Muniz, o "Ceará"
Foto: Divulgação/Festadafirma / Estadão

Mas a entrevista não foi dada exatamente para Ceará, mas para um novo personagem. O quadro é liderado pelo "CEO PJ Neto", um apresentador fictício criado por Muniz, também conhecido como o 'Silvio Santos do Pânico' na rádio e televisão.

A nova sátira de Ceará brinca com o arquétipo de chefes das empresas sediadas na Avenida Faria Lima (chamados jocosamente de "farialimers"). Para isso, o comediante usa peruca, lente e cabelo lambido. Nas redes sociais, já afirmou que o visual mistura o ator John Travolta em Pulp Fiction com Sidney Magal. Mas não só.

A 'história' do CEO PJ Neto

O personagem tem até uma biografia própria e um perfil no LinkedIn. O nome é uma abreviação para Paulo Jorge Almeida Neto, que entrevista famosos candidatos a 'substituí-lo' no cargo como CEO do também fictício PJ Group.

O grande sonho de PJ - também um trocadilho com a sigla pessoa jurídica - é largar a vida como herdeiro do grupo, abandonar os negócios no Brasil e abrir uma vinícola e um restaurante estrelado na Europa.

A inspiração são chefes sem noção do humor, como o Michael Scott, interpretado pelo ator Steve Carrell na versão norte-americana da série The Office.

O videocast exibido no YouTube é parte do conteúdo do Festa da Firma, perfil com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram com piadas e memes sobre o mundo corporativo.

Galeria de personagens

Ceará tem uma lista de personagens conhecidos. Na televisão, ficou famoso por uma imitação de Silvio Santos no programa Pânico, exibido pela RedeTV! e Rede Bandeirantes entre 2003 e 2017. Na companhia do Repórter Vesgo (Rodrigo Scarpa), Silvio marcava presença em eventos de celebridades - que costumavam ser pouco simpáticos à dupla.

Em 2012, o próprio Silvio Santos acionou a Justiça para que Ceará deixasse de imitá-lo sob risco de multa de R$ 100 mil, além de obrigá-lo a manter uma distância de 100 metros. Em 2013, o Pânico na Band recorreu sob a alegação de censura e Ceará pôde imitá-lo novamente. No ano seguinte, porém, o humorista se despediu do programa para integrar o quadro de comédia do canal Multishow.

Antes da televisão, da internet e do próprio programa Pânico, Ceará já era sucesso na rádio Jovem Pan. Nos anos 90, interpretava Paulo Jalaska, um locutor que aplicava trotes, fazia traduções de músicas românticas e contava piadas nas faixas matinais. A atração durou sete anos. Em 2020, ele assinou contrato com a RecordTV como parte do elenco do então programa de Sabrina Sato.

Chiquinho foi 'candidato' ao cargo de PJ Neto

No episódio desta semana, PJ Neto fez a 'entrevista' de emprego com Chiquinho Scarpa que, na vida real, também herdou a fortuna do avô, o italiano Nicolau Scarpa, e cuja família investiu na primeira versão em lata da cerveja Caracu nos anos 70. Além do investimento, a família Scarpa afirma ser dona de 40 fazendas, usinas de cana-de-açúcar, metalúrgicas e já foi acionista do Grupo Votorantim.

Chiquinho já afirmou em entrevistas que vive em uma mansão tão grande, em São Paulo, que desconhece todos os cômodos. Em entrevista a PJ Neto, o milionário explicou que "alugava" funcionários com nanismo para trocar até o canal de televisão.

"Tinha o 'anão' controle remoto: antigamente, tinham vários controles. Eu tinha um anão que ficava com uma bandejinha [ao lado da cama]. Eu falava: 'canal 11' [ele apertava o botão]". Além disso, disse que não gosta de pessoas pobres. "A pior coisa do pobre é você chegar e falar 'como vai?'. Aí você está frito [...] ele fica destilando todos os problemas", explicou.

Nesta sexta, 7, Scarpa defendeu que se tratava de um quadro de humor. "Queridos amigos. Compartilho com vocês, a nota oficial! O podcast é um programa de humor, onde há representações. Lamento muito pelo transtorno e pelas interpretações sobre o 'personagem' que atuei durante a entrevista. Nunca fiz distinção entre as pessoas, sempre tratei todos com muito respeito! Há anos tenho uma vida pública e quem me conhece sabe!"

Apesar de Scarpa defender o próprio currículo, o CEO PJ Neto não se convenceu e concluiu que deixaria a 'herança' do grupo para os sobrinhos.

Assista ao vídeo

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade