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Quem é ela? Conheça a atriz trans que ameaça a indicação de Fernanda Torres ao Oscar

Karla Sofía Gascón foi premiada no Festival de Cannes e também está cotadissíma para o Oscar

11 nov 2024 - 13h29
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Karla Sofía Gascón
Karla Sofía Gascón
Foto: Reprodução/Antonio Soriano Ventura / Márcia Piovesan

A atriz Fernanda Torres foi a primeira  brasileira a ser premiada no Festival de Cannes, em 1986, pelo filme 'Eu sei que vou te amar'. Neste ano, foi a vez da espanhola Karla Sofía Gascón receber o mesmo prêmio por 'Emília Perez', dividindo a honraria com outras atrizes do elenco.

Quase quarenta anos separam uma trajetória da outra, e o destino resolveu cruzar as duas. Isso porque segundo especialistas, Fernanda Torres e Karla Sofía Gascón estariam disputando a vaga de 'atriz estrangeira' na lista de indicadas ao Oscar que será oficializada em 17 de janeiro de 2025.

Dificilmente duas atrizes de produções internacionais seriam indicadas no mesmo ano. Por exemplo, em 2022, Penélope Cruz foi indicado pelo espanhol 'Madres paralelas' com outras quatro atrizes de língua inglesa. O mesmo aconteceu com a mexicana Yalitza Aparicio, indicada ao Oscar por 'Roma' em 2019.

Para quem não sabe, Karla Sofía Gascón nasceu em Madri, na Espanha, e tem 52 anos. O feito de ter sido a primeira atriz trans a vencer em Cannes pode se repetir no Oscar, caso seja indicada e consiga levar o prêmio para casa.

Apesar de espanhola, foi no México que ela construiu sua história na atuação. Seu primeiro grande trabalho foi na novela "Corazón salvaje", em 2009, antes de sua transição de gênero e quando ainda assinava como Carlos Gascón.

Ela ainda atuou na série 'Senhor dos Céus' e no remake de 'Rebelde', de 2022. O papel mais importante no cinema veio agora, com 'Emília Perez'.

Leia também: Fernanda Torres mantém pés no chão e não se ilude com indicação de filme ao Oscar: 'Não vai ganhar'

Transição de gênero de Karla Sofía Gascón

Karla Sofía, que tem uma filha e começou seu processo de transição em 2016 na Espanha, aos 45 anos, mas só conseguiu ser reconhecida judicialmente como mulher dois anos depois.

Márcia Piovesan
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