Quem é o poderoso Dr. Kalil, médico de Preta, Otaviano, Lula e outros famosos
Cardiologista atende celebridades e políticos, se destaca como apresentador na CNN e já foi Batman e Coelho da Páscoa em ações sociais
Na nota pública em que comunicou a retomada do tratamento contra o câncer, Preta Gil disse estar sob os cuidados da equipe chefiada pelo Dr. Roberto Kalil Filho no Sírio-Libanês.
O nome do médico aparece com frequência na mídia. Em julho, o próprio surgiu em matéria do ‘Fantástico’ a respeito da cirurgia cardíaca que salvou a vida do apresentador Otaviano Costa.
Sem fazer alarde, Dr. Kalil cuida da saúde de boa parte do PIB brasileiro, de caciques da classe política, socialites e artistas. Ele é médico de confiança e amigo do presidente Lula.
Em 2015, o político foi padrinho do cardiologista em seu casamento com a endocrinologista Claudia Cozer. Quando o líder petista ficou preso na PF de Curitiba, Kalil zelou pela saúde dos filhos e netos dele.
Especialista também em Clínica geral, o médico é diretor do Centro de Cardiologia do Sírio-Libanês. Ocupa ainda a presidência do Conselho Diretor do Instituto do Coração (Incor), ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), onde é professor-titular.
Ex-aluno do tradicional colégio paulistano Dante Alighieri, Kalil se graduou em Medicina em 1985. Fez doutorado na USP e pós-doutorado na renomada The Johns Hopkins University nos Estados Unidos.
Sabe-se que outras redes de hospitais do eixo Rio-São Paulo já tentaram tirá-lo do Sírio-Libanês com propostas milionárias, mas o médico recusou. Caso aceitasse, levaria centenas de pacientes fiéis.
Introspectivo à primeira vista, Dr. Kalil mostra o lado descontraído quando toca saxofone, seja na Banda InCordes, formada por profissionais de saúde que tocam no Instituto do Coração, ou nas festas promovidas em seu apartamento na capital e na casa mantida no interior paulista.
Em datas especiais, ele vai além: fantasia-se para alegrar crianças internadas. Já se vestiu de Batman (seu super-herói preferido) e de Coelhinho da Páscoa cor de rosa. Pela dedicação à medicina, à saúde pública e à filantropia, o médico recebeu prêmios e homenagens, a exemplo do Colar do Mérito Institucional concedido pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e do Grande-Colar do Mérito oferecido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Apesar da agenda cheia nos hospitais e no consultório particular, o médico encontra tempo para conversar com emissoras de TV. Na época do transplante de coração de Faustão, por exemplo, concedeu entrevistas ressaltando a importância da doação de órgãos. Na CNN Brasil, ele comanda o programa ‘Sinais Vitais - Dr. Kalil Entrevista’, exibido aos sábados às 19h30.
Ali, fala de saúde, estilo de vida e há espaço para reflexões. Em recente edição sobre longevidade, com o cantor e compositor Gilberto Gil e o gerontólogo Alexandre Kalache, Roberto Kalil, de 65 anos, revelou sua relação com a inevitável finitude. “Não gosto de envelhecer”, disse. “Quando falam em morte, eu me enfio embaixo da cama. Tenho pavor da morte.” O super-médico também é demasiado humano.