Rainha tinha predileção por joias brasileiras usadas ao receber Lula no palácio
Conjunto de águas-marinhas foi visto em grandes eventos promovidos pela monarca
Elizabeth II deixou cerca de 300 itens de joalheria. Peças históricas herdadas de suas antepassadas, algumas aquisições ao longo de seu reinado e outras que ganhou de presente.
Em 1953, o empresário de comunicação Assis Chateaubriand, fundador da primeira emissora de TV do Brasil, a Tupi, servia como embaixador do País em Londres.
Em nome do presidente Getúlio Vargas, ele deu à rainha recém-coroada um conjunto de colar e brincos de águas-marinhas brasileiras.
A jovem monarca ficou encantada com o tom azul das pedras. Passou a usar as joias com frequência.
Em novembro de 1958, Elizabeth e seu marido, o príncipe Philip, viajaram 11 dias pelo Brasil.
No encontro com o presidente Juscelino Kubitschek, recebeu um broche e uma pulseira, também de águas-marinhas.
Dez anos depois, um novo presente do governo brasileiro para completar o conjunto: uma tiara das mesmas pedras. Esta última peça foi remodelada a pedido da soberana.
Elizabeth usou as joias brasileiras várias vezes, principalmente em banquetes a chefes de Estado.
Como sinal de seu apreço ao Brasil, ela surgiu usando as águas-marinhas ao recepcionar o então presidente Lula e a primeira-dama, Marisa Letícia, no Palácio de Buckingham, em março de 2006.
Segundo a imprensa britânica, o riquíssimo acervo de joias da rainha deve ser herdado pela nova princesa de Gales, Kate, mulher do príncipe William, e pela filha deles, Charlotte, 3ª na linha sucessória ao trono.
A atual rainha consorte, Camilla, esposa do rei Charles III, poderá usar algumas peças emprestadas da Coroa em ocasiões especiais.