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Regina Duarte é condenada em processo movido por filha de Leila Diniz

Atriz publicou vídeo em defesa da ditadura militar com uso indevido de imagem da artista

10 mar 2024 - 14h56
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Resumo
Regina Duarte foi condenada a pagar uma indenização de R$ 30 mil por uso indevido da imagem de Leila Diniz. Ela também precisa se retratar pela vinculação da imagem da atriz à defesa da ditadura militar.
Regina Duarte ficou à frente da pasta de Cultura no governo Bolsonaro
Regina Duarte ficou à frente da pasta de Cultura no governo Bolsonaro
Foto: Reprodução/YouTube

A atriz Regina Duarte foi condenada, pelo Juizado Especial Cível da Lagoa, no Rio de Janeiro, a pagar R$ 30 mil de indenização em processo movido pela diretora e roteirista Janaina Diniz Guerra.

A diretora, que é filha da atriz Leila Diniz, a acusou de uso inapropriado de uma imagem da mãe. Em dezembro de 2022, Regina publicou um vídeo que reproduzia um discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro em defesa da ditadura militar. 

No momento em que Bolsonaro diz que "1964 foi uma exigência da sociedade" e que "as mulheres nas ruas pediam o restabelecimento da ordem", a imagem que aparece é a fotografia das atrizes Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell, em protesto contra a censura na ditadura.

Na sentença, Regina foi condenada a retirar, no prazo de 48 horas, a publicação de suas redes sociais sob pena de multa diária de R$ 1 mil. Ela também vai precisar se retratar em todas as suas redes sociais de vídeo e explicitar que Leila Diniz nunca apoiou a ditadura militar e que a foto usada foi feita em contexto de oposição ao regime e à censura.

"A trajetória de vida da atriz Leila Diniz sempre foi marcada pela defesa da liberdade, contra a censura e contra a ditadura militar e seu moralismo conservador. A vinculação da imagem da atriz a uma defesa tão explícita da ditadura militar é absurda e merece toda a repulsa e punição. É uma utilização indevida e grave da imagem da atriz, em defesa do golpe militar em uma data muito próxima aos ataques de 8 de janeiro", disse a advogada Maria Isabel Tancredo, que representa Janaina Diniz no processo, conforme o colunista Ancelmo Gois, de O Globo.

Janaina ainda declarou que o processo foi motivado pela defesa da trajetória e legado de Leila Diniz. "A utilização caluniosa da imagem de minha mãe é inaceitável e me deixa profundamente indignada. As pessoas precisam aprender a ter respeito pela memória das outras, pela imagem construída por toda uma vida", afirmou.

Apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro, Regina ficou à frente da pasta da Cultura entre março e maio de 2020. A atuação desagradou tanto a classe artística quanto a ala de extrema direita do governo.

Fonte: Redação Terra
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