Relembre o histórico polêmico de Leo Lins
O humorista foi demitido do SBT após fazer um comentário preconceituoso envolvendo uma criança com hidrocefalia
Leo Lins foi demitido do SBT após fazer uma piada envolvendo o Teleton e uma criança com hidrocefalia.
No vídeo, o humorista falou sobre o Teleton, que arrecada dinheiro em ações da emissora para ajudar crianças com deficiência, e relembra a história de um menino do Ceará.
"Eu acho muito legal o Teleton, porque eles ajudam crianças com vários tipos de problema. Vi um vídeo de um garoto no interior do Ceará com hidrocefalia. O lado bom é que o único lugar na cidade onde tem água é a cabeça dele. A família nem mandou tirar, instalou um poço. Agora o pai puxa a água do filho e estão todos felizes", disse ele durante um show de stand up.
Após a repercussão, o SBT decidiu demitir Leo Lins, que fazia parte do programa "The Noite com Danilo Gentili". "Leo Lins não faz mais parte do quadro de elenco do SBT. Ele não tem mais contrato conosco", disse a assessoria da emissora em nota.
Essa não é a primeira vez que o humorista faz piadas e comentários polêmicos em shows ou nas redes sociais. Abaixo, separamos outras situações envolvendo Leo. Confira:
Gordofobia
Leo Lins já foi processado por fazer uma piada com a influenciadora digital Thais Carla, que chegou a dividir nas redes sociais a dificuldade de pessoas gordas para ter acesso às poltronas de avião.
O humorista foi processado e a juíza Carolina Almeida da Cunha Guedes afirmou que o comportamento do famoso foi ofensivo, promoveu discurso de ódio e incitou outras pessoas a atacarem a dançarina nas redes sociais, "exalando inequívoca gordofobia". O comediante foi condenado e teve que pagar R$ 5 mil.
Ele também protagonizou outra polêmica ao usar a imagem da modelo plus size Bia Gremion e de seu namorado, Lorenzo, um homem trans, nas redes sociais. No registro, o casal aparece usando lingerie ao falarem sobre autoestima. Ao repostar a imagem, Leo avisa: "Chamei sua atenção? Que bom", escreveu ele, que em seguida divulgou as datas de algumas apresentações.
Transfobia
Leo Lins foi condenado, em fevereiro deste ano, a pagar uma indenização de R$ 15 mil após ter feito piadas com uma mulher transgênero. O episódio aconteceu em 2018, quando ele gravou um vídeo para anunciar um show na cidade de Jacareí, no interior de São Paulo.
Na gravação, o humorista compara a história da cidade com a da cabeleireira Whitney Martins de Oliveira. "O povoamento da região só começou em 1652 com a chegada de Antônio Afonso, fundador de Nossa Senhora da Conceição da Parayba, que cresceu e virou Jacareí. Assim como Jurandir, que cresceu e virou Babalu", disse ele, referindo-se ao antigo nome e ao apelido de Whitney.
Após fazer a piada e ainda usar a imagem de Whitney, que o denunciou por se sentir exposta, a juíza Mariana Sperb condenou Lins e afirmou que ele fez chacota de Whitney. "O conteúdo do vídeo a tratou com zombaria e deboche", afirmou.
Tragédia com o avião da Chapecoense
Leo Lins causou polêmica ao brincar com a queda do avião da Chapecoense. A tragédia aconteceu em 2016 e matou 71 pessoas.
Durante um show de stand-up em 2018, ele comparou o acidente a morte de jogador Daniel, que atuou pelo São Paulo, assassinado em São José dos Pinhais (PR). "Pelo menos ele morreu depois de comer coisa boa. Não foi como os jogadores da Chapecoense, que era comida de avião", disse no vídeo publicado em seu canal no YouTube. O comentário revoltou torcedores e os familiares dos jogadores mortos.
Piada envolvendo o Japão
Leo também fez piadas polêmicas envolvendo o Japão. Após o país passar por uma série de tragédias em 2011, com terremoto, tsunami e acidente nuclear, um vídeo que misturava imagens da tragédia com trechos de um show de humor viralizou nas redes sociais.
Na época, ele estava tentando tirar o visto para entrar no país para fazer algumas apresentações, mas alguns brasileiros que viviam lá fizeram um abaixo-assinado para que o humorista não recebesse a autorização. O documento foi enviado ao consulado, e Lins teve o visto negado. As autoridades afirmaram que o veto não teve relação com o vídeo.