Repórter demitido pela Globo começa novo desafio e reforça apoio aos LGBT+
Fábio Turci diz ter sido alvo de “homofobia contra hétero cis” por participar da Parada Gay e se engajar contra o preconceito
Surpreendido no início de abril com sua demissão da Globo, onde trabalhou como repórter e apresentador por 20 anos, Fábio Turci não se deixou abater.
Pouco mais de um mês depois, ele já estava nas ruas de São Paulo gravando entrevistas para um podcast que será lançado em breve.
“Foram 12 horas de reportagem. Não porque algum chefe mandou (não tenho mais chefe!). Foi porque a reportagem exigia”, contou em um post.
A agenda do jornalista, de 48 anos, tem sido ocupada também por eventos sobre diversidade de gênero e sexual.
Ele é ativista da causa. Já esteve em várias Paradas Gays, como a que acontecerá no próximo dia 11, em São Paulo.
Aliás, o jornalista relatou ter perdido seguidores ao registrar numa rede social sua presença na edição do ano passado.
“É o pessoal que diz que ‘homofobia é mimimi’, mas comete homofobia até contra quem é hétero e cis”, comentou na época.
Poucos dias após sair da Globo, ele recebeu o título de embaixador do coletivo Mães da Resistência, que reúne pais de pessoas LGBTs para promover o apoio a seus filhos e tentar preservá-los dos crimes de ódio.
Turci participa ainda de discussões públicas sobre o combate ao racismo, ações sociais em comunidades carentes e políticas de prevenção à violência doméstica.
Fica evidente o que o jornalismo da Globo perdeu: um profissional competente e carismático diante das câmeras e um cidadão engajado em pautas relevantes.
Ainda bem que os bons profissionais não são mais reféns da televisão. Podem produzir seu próprio conteúdo – inclusive com maior liberdade e profundidade – usando outras plataformas.