Rodrigo Santoro critica governo por desmonte cultural: "Espero que mude logo"
Ator estreia, nesta semana, como protagonista de uma das maiores séries já realizadas na Espanha, “Sem limites”
Rodrigo Santoro, de 46 anos, tem quase 30 anos de carreira. Em balanço sobre o desmonte cultural da Era Collor com o panorama atual, ele chegou a conclusão que a situação sempre foi ruim e precisa de mudança urgente.
"Era muito ruim e agora também está. A cultura determina quem nós somos, é a identidade de um povo [...] e a forma como ela é tratada diz muito sobre o momento que vivemos. Este esvaziamento de propostas, falta de incentivos, de políticas públicas… A arte é ofício. Claro que é fundamental a fiscalização, mas é importante lembrar que a indústria cultural brasileira movimenta bilhões e gera muitos empregos e impostos. Esse movimento de criminalização da classe artística é muito complicado, com demonstrações de ódio e agressões. Espero que isso mude logo", declarou ele, em entrevista ao jornal O Globo.
Questionado sobre a passagem do tempo, o ator demonstra lidar bem com a idade. Para ele, envelhecer é comum e necessário. Mais do que isso, é exercitar a aceitação da transitoriedade da vida.
"Não sou mais um homem de 20 e poucos anos e me sinto bem nesse corpo de 46. Hoje sei mais sobre mim do que sabia antes e isso me ajuda a mergulhar mais profundamente nas questões da vida. Procuro me cuidar pra estar bem e encarar a correria".
Rodrigo Santoro estreia, nesta semana, como protagonista de uma das maiores séries já realizadas na Espanha, “Sem limites”, da Prime Video. O personagem dele é o navegador português Fernão de Magalhães, que, em busca de um novo caminho para as Índias, comandou a primeira volta ao mundo.