"Sempre vão ter opinião sobre mim", diz Lívian Aragão sobre crescer diante das câmeras
Filha de Renato Aragão trabalha para se consolidar no teatro e sonha com talk-show próprio
Filha de Renato Aragão, Lívian Aragão, de 24 anos, cresceu diante das câmeras. Desde cedo acompanhando o pai nas telinhas, ela aprendeu que, quanto mais se expõe, mais fica vulnerável à opinião alheia. Hoje, ela dá mais atenção ao instinto afiado de autopreservação.
"Opinião sobre mim as pessoas sempre vão ter, não me cabe contestar o que a pessoa acha ou não. Como cresci como figura pública, logo fui entendendo o valor da minha privacidade, e o que eu queria que fosse exposto e o que preferia deixar guardado", avalia. "Com as redes, nós ganhamos mais liberdade de retrucar essas opiniões. Antes não existia isso. Alguém falava de você e demorava meses até que você pudesse replicar. Hoje você pode fazer uma live e acabar com a história”.
E se a opinião pública é algo resolvido para Lívian, a infância também é. Estudiosa, ela afirma nunca ter sofrido bullying ou assédio por ser filha de um famoso na escola. Pelo contrário, como estudava em uma instituição exclusiva, que diversos 'neppobabies' também frequentavam, era não era uma raridade, mas "mais uma" dentro do aquário.
Em entrevista ao Terra, a atriz relembra o passado e traça planos para o futuro, que inclui teatro e até um talk-show. Confira!
Você tem paixão pelo teatro, é algo que estuda desde cedo, certo?
Estudei em colégio bilíngue, então o inglês é quase uma língua nativa. Ir para os Estados Unidos era um desejo. Aos 12 anos, entrei no Stagedoor Manor [centro de treinamento no estado de Nova York]. Era a única brasileira na turma, tive de esperar dois anos na fila. Saí com um prêmio de melhor atriz em cena dramática [...] Depois estudei na New York Film Academy, em Los Angeles, e na Stella Adler Studio of Acting — lá são dois anos de curso, sem folgas nos fins de semana.
Já pensou em uma carreira na música?
Eu acho que o canto é um complemento do ator. O ator, para ser completo, tem que cantar, dançar e atuar. Desde pequena eu já tive esse preparo vocal, assim, se um personagem precisar, eu já estou pronta. Quanto à carreira na música mesmo, não dá para dizer 'nunca', mas acho que eu não seria cantora, porque o canto pra mim vem como complemento da atuação. Eu adoro descobrir músicas novas, mas não me vejo nisso. Me vejo mais realizada, por exemplo, se eu fosse fazer O Fantasma da Ópera que é um musical que amo.
E como foi crescer e estudar diante das câmeras? O interesse das pessoas sobre sua vida te incomoda?
Opinião sobre mim as pessoas sempre vão ter, não me cabe contestar o que a pessoa acha ou não. Como cresci como figura pública, logo fui entendendo o valor da minha privacidade e o que eu queria que fosse exposto e o que preferia deixar guardado [...] Com as redes, nós ganhamos mais liberdade de retrucar essas opiniões. Antes não existia isso. Alguém falava de você e demorava meses até que você pudesse replicar. Hoje você pode fazer uma live e acabar com a história.
Já sofreu bullying na escola ou assédio por ser pessoa pública desde criança?
Foi tranquilo, porque muitas crianças que estudavam comigo também eram filhas de pessoas famosas, então, ninguém enchia o saco. Eu não tinha o que reclamar. Pelo contrário, sempre fui uma pessoa da escola, sentava na primeira cadeira, estudava muito, fazia os trabalhos e anotava tudo. Eu era 100% CDF [Crânio de Ferro].
Existe algo que você queira realizar profissionalmente?
Seria legal ter um talk-show. Eu acho que uniria diversas vertentes que me atraem muito. O podcast que faço surgiu disso. Acho que no talk-show eu gostaria de trazer as pessoas para conversar e mostrar um lado delas e meu que ninguém vê. Porque as pessoas me conhecem muito através da mídia, mas isso é o que a mídia constrói, não quem sou. Queria expor um lado mais humano.
