Sônia Braga completa 64 anos; relembre os principais papéis
Em 1968, o controverso musical Hair estreava no Brasil. Originalmente norte-americano, ele narrava a história da Guerra do Vietnã e mostrava como os jovens da época haviam protagonizado uma enorme revolução cultural e comportamental em todo o mundo. Drogas e sexo eram alguns dos temas abordados (ao som, é claro, de muito rock’n’roll). Como se não bastasse, o público conservador da época foi surpreendido ainda mais na montagem brasileira com uma atriz que, no meio da peça, aparecia completamente nua no palco. Mal sabiam eles que aquela garota se tornaria, anos depois, um dos maiores símbolos sexuais do País.
Sônia Braga nasceu dia 8 de junho de 1950 em Maringá, no Paraná. Ainda criança, mudou-se com os pais e os sete irmãos para Curitiba e, em seguida, para Campinas, no interior de São Paulo. Quando tinha apenas 8 anos de idade, enfrentou uma tragédia: a morte precoce do pai. Sua vida só se ajustou 6 anos depois, quando foi convidada a fazer pequenos papé
is em programas infanto-juvenis da TV Tupi. Entre eles estava o Jardim Encantado, apresentado por seu irmão Hélio.
Essas participações fizeram com que a menina desenvolvesse cada vez mais seu interesse pela atuação e a levaram a integrar um grupo de teatro paulista. Com ele, entrou para o elenco de Hair e subiu aos palcos – em grande estilo – pela primeira vez. Daí para a frente, não demorou para os convites começarem a brotar: fez Vila Sésamo (1972), Irmãos Coragem (1970), Selva de Pedra (1972), Fogo Sobre Terra (1974).
Até que, em 1975, veio a consagração. Naquele ano, a atriz foi escalada para interpretar a encantadora protagonista da adaptação para as telinhas do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado. Ao lado de outros atores de peso, como Paulo Gracindo, Armando Bogus, José Wilker, Nívea Maria, Elizabeth Savalla e Fúlvio Stefanini, Marco Nanini e Ary Fontoura, deixou de vez sua marca registrada no ramo.
Na TV, continuou fazendo sucesso em Saramandaia (1976) e Dancin’ Days (1978); e, no cinema, em Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), O Beijo da Mulher Aranha (1985) e Luar Sobre Parador (1988). Simultaneamente, ampliou sua carreira internacional ao participar de seriados e filmes como Sex and the City (2001), Law & Order (2003), CSI: Miami (2005) e Medding Mom (2013).
Por essas e outras, Sônia acumulou prêmios do Festival de Gramado, do Globo de Ouro, do BAFTA e até mesmo do Emmy. E, por fim, uma informação não poderia faltar aqui: em 1986, posou para a capa da Playboy, edição que ainda hoje é considerada uma das mais belas já produzidas pela revista.