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Tatiana Tiburcio enxerga em Vera a possibilidade de romper correntes dentro da dramaturgia: 'Potência'

Em entrevista à Revista CARAS, Tatiana Tiburcio comemora falar, por meio da Vera de Garoto do Momento, o que muitas tinham o desejo e não tiveram oportunidade

13 jan 2025 - 16h28
(atualizado às 16h34)
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A atriz Tatiana Tuburcio é Vera em Garota do Momento
A atriz Tatiana Tuburcio é Vera em Garota do Momento
Foto: Reprodução/Instagram / Caras Brasil

Tatiana Tiburcio (47) - destaque em Garota do Momento, novela das seis da TV Globo e que está conquistando cada vez mais o coração do público - comemora a importância de sua personagem na trama de Alessandra Poggi (50). Ambientada nos anos 1950, Vera promove a representatividade para mulheres negras que viveram aquela época. Em entrevista à Revista CARAS, a atriz sente que o papel consegue ser um canal de mudanças no imaginário do brasileiro e parte da mudança de como os negros são retratados na mídia. "Potência gigantesca", ressalta.

Na história de Garota do Momento, Vera solta a voz e toca com o marido Sebastião (Cridemar Aquino) e o filho Ulisses (Ícaro Silva) o animado e popular Clube Gente Fina. Paralelamente, ela trabalha para a família de Raimundo (Danton Mello) e ajudou a criar os três filhos dele com Lígia (Palomma Duarte) - que decidiu que ser cantora era o seu maior desejo e, para isso, não hesitou em deixá-los quando os herdeiros ainda eram pequenos, em busca desse sonho.

Ao relembrar que Vera precisou abdicar de sua vida pela autonomia da patroa, Tatiana fala da importância desse debate. "Essa cena foi um presente, poder falar por meio da Vera o que muitas outras tinham o desejo de dizer e não tiveram oportunidade. É como se estivéssemos rompendo as correntes dentro da dramaturgia ao longo dos anos. É de uma potência gigantesca. A possibilidade de trocar com a autora, Alessandra Poggi, não é privilégio, é necessidade. Se essa mão não for negra, ela precisa ter a escuta. Quem não vive na pele, não entende. Essa pele que carrega discurso e letramento. Não basta ser negro, é preciso ter consciência. Que bom que temos uma autora aberta para ouvir, reescrever e reestruturar a obra", salienta a atriz.

A novela apresenta uma década de 1950 com muitos personagens à frente daquele tempo, e isso serve de exemplo para o público atual. "É importante retratar esse Brasil porque a dramaturgia é um espelho da sociedade em que vivemos. Nos acostumamos a ver essa sociedade a partir de uma ótica padrão e dominante. É a chance de contar a história mostrando outras faces. Esses personagens sempre existiram na vida real. Eles faziam suas pequenas revoluções, batiam de frente com uma estrutura estabelecida. Se eles não estivessem lá, não estaríamos aqui hoje refletindo. Poder refletir tantas outras faces que carregam diversas identidades é algo maravilhoso", finaliza a artista.

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