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"Tinha medo de morrer", diz Pocah sobre namoro abusivo

Cantora revelou que sofreu agressões físicas em relacionamento que começou na adolescência

10 ago 2021 - 12h35
(atualizado às 12h55)
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Nesta segunda-feira (9), Pocah fez um desabafo sobre um relacionamento abusivo que viveu na adolescência. Em entrevista ao programa 'Papo de Segunda', no GNT, a cantora chorou ao relembrar as agressões que sofreu.

A cantora Pocah viveu um relacionamento tóxico a partir dos 16 anos de idade  
A cantora Pocah viveu um relacionamento tóxico a partir dos 16 anos de idade
Foto: Instagram / @pocah / Estadão

O namoro começou quando ela tinha 16 anos. Segundo a artista, a relação era tóxica não só para ela, mas também afetava amigos e familiares, que tentavam alertá-la sobre os problemas.

"Eu vivi muitos anos com essa pessoa e eu comecei a namorar muito nova. Esse relacionamento, ele é completamente conturbado, era infernal pra mim e pra quem estivesse ao meu redor", disse.

"Minha família, meus amigos [falavam]... Era terrível. Eu tentava de todas as formas me livrar daquilo (...) Havia agressões físicas, verbais e psicológicas, manipulação. Sou uma pessoa que tem uma ligação com Deus muito grande e essa pessoa usava a minha fé", afirmou.

"Eu dizia: 'O que você fez comigo?' Eu quase fiquei cega do olho esquerdo. Era pesado. Em diversos momentos fui agredida, queria ir embora e ele dizia que estava sendo usado pelo diabo, que aquilo era o testemunho da nossa vida e que a gente iria contar isso como uma vitória", relatou.

"Eu perdoei uma vez, perdoei duas vezes, três vezes e muito mais. Sabe por que? Porque eu tinha medo das ameaças que eu recebia. Tinha medo de morrer em diversos momentos em meio a essas brigas, achei que eu fosse morrer. A sensação que eu tinha é que eu já estava morrendo", explicou.

Depois de vivenciar esses traumas, Pocah declarou que fala sobre isso publicamente para ajudar outras mulheres. "A minha luta hoje é por mim, é pela minha filha, é por todas as mulheres que sofrem, que são silenciadas, que são abusadas. Essa é a minha luta diária", finalizou.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Estadão
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