‘Tombo’ de ex-realities da Globo mostra que a TV ilude e decepciona a maioria
Aparecer no horário nobre da emissora mais vista do País não garante nada além de fama efêmera
Nick Cruz, do ‘Estrela da Casa’, voltou a trabalhar como pedreiro. Lucas Luigi, do ‘BBB24’, retomou a rotina instalando pisos. Juninho, da mesma edição, regressou à labuta como motoboy.
Este são apenas três exemplos de ex-participantes de reality show que levaram uma rasteira do destino após sair do programa. A fama instantânea na TV não trouxe o ganho financeiro capaz de mudar suas vidas.
Este frustrante choque de realidade é mais comum do que se imagina. Das mais de 400 pessoas que participaram do ‘Big Brother Brasil’, por exemplo, menos de 20 conseguiram multiplicar a renda e seguir carreira na mídia – como artista ou influenciador – com base na experiência no programa.
A maioria, após o frenesi inicial, se viu obrigada a seguir a carreira de antes. Afinal, os boletos precisam ser pagos. Fica o sabor amargo de ter experimentado a sonhada visibilidade na tela da Globo, porém, sem conseguir rentabilizar o suficiente.
Até uma década atrás, ex-competidores de realities eram vistos como celebridades e usufruíam de mais status. Recebiam bons cachês para fazer presença VIP em eventos, onde eram paparicados. Hoje, são ofuscados pelos influencers com milhões de seguidores.
No caso de Juninho, que recomeçou a batalha sobre duas rodas para pagar a pensão da filha, houve uma segunda chance: passou a ganhar dinheiro vendendo fotos e vídeos de nudez em um site de conteúdo adulto. Nem todos possuem a desinibição e os atributos físicos para essa atividade.