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Tony Tornado fala sobre encontro com Janis Joplin: "demos um banho nela"

19 set 2013 - 15h18
(atualizado às 15h18)
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Ele é um dos pioneiros da cultura black no Brasil e um dos responsáveis por trazer o som negro dos Estados Unidos, abrasileirando o soul e o funk. Aos 83 anos, Tony Tornado atualmente é contratado da TV Globo, mas tem muita história para contar sobre as décadas em que circulou pelo mundo e conheceu personalidades marcantes da música.

<p>Aos 83 anos, o cantor &eacute; &iacute;cone da cultura black no Brasil</p>
Aos 83 anos, o cantor é ícone da cultura black no Brasil
Foto: Sexy / Divulgação

Em entrevista à revista Sexy de outubro, que chega às bancas em 23 de setembro, o cantor e ator falou sobre seu encontro com Janis Joplin, na época em que acabara de ser deportado dos Estados Unidos e estava de volta ao Rio de Janeiro. Nas areias de Copacabana, ele avistou a cantora norte-americana, que morreu em outubro de 1970. “Atravessei a Avenida Nossa Senhora de Copacabana com ela no colo até chegar ao Porão 73, onde a gente tocava. Mas você não acredita, depois que demos um banho nela, ela cantou até às 7 da manhã”, relembrou.

A vida aventureira de Tony, no entanto, começou bem antes disso, ainda na década de 1940, quando ele deixou São Paulo para morar no Rio de Janeiro, aos 13 anos. “Já sentia que tinha tomado a picadura artística”, brincou. Anos depois, o cantor se mudou para os Estados Unidos, onde viveu por quatro anos e chegou a trabalhar como cafetão e traficante de drogas.

“Eu vivi no meio das drogas, vendi drogas nos Estados Unidos, mas nunca nem bebi cerveja, nunca fumei, nunca fiz nada. E não foi por pudor, foi porque eu não queria”, afirmou ele, que acabou sendo deportado, pois vivia ilegalmente no país.

Além do contato com o mundo das drogas e da prostituição, a permanência de Tony nos Estados Unidos fortaleceu também seu lado musical. O cantor relembrou que ia quase todos os dias ao Apollo Theater – localizado em Nova York, o local é uma das salas de música mais conhecidas do país e também reduto dos artistas negros.

Lá, ele costumava assistir a shows de nomes como Ray Charles, Isaac Hayes, Marvin Gaye e de seu maior ídolo e inspiração até hoje: James Brown. Tony acompanhava James Brown desde quando o músico era tecladista do Little Richards. “Pra mim, ele não morreu”, declarou-se.

De volta ao Brasil, Tony começou a tocar com Gerson King Combo, Cassiano e Tim Maia. E assim como a maioria dos artistas da década de 1960, ele trabalhava muito, mas passava sufoco para se sustentar. Segundo ele, dinheiro e casa para morar só vieram com quase 40 anos, quando interpretou a canção BR-3, de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, grande vencedora do 5º Festival Internacional da Canção, em 1970.

Fonte: Terra
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