Vendedora de carros diz que foi demitida por 'distrair colegas'
Sparky Clarky produz conteúdo para site adulto e estava trabalhando na função há 10 anos
A modelo Sparky Clarky afirmou que acredita que foi demitida da vaga de vendedora de carros por causa do seu trabalho na plataforma OnlyFans. Segundo a ruiva de 35 anos, o desligamento da concessionária aconteceu por ela “distrair os colegas”.
Apesar de citar a discriminação pelo seu trabalho para a plataforma de conteúdo adulto, a norte-americana vê com bons olhos a mudança e diz que começou a faturar bem mais com tempo 'extra' para produzir as fotos e vídeos.
“Meu chefe falou que um dos funcionários admitiu que era difícil trabalhar quando eu estava por perto [por causa do OnlyFans]”, contou a modelo em entrevista ao Daily Star.
“Não pude voltar ao trabalho [após a divulgação das fotos]. Quando aconteceu, fiquei chateada, não me agradou. Parecia uma discriminação sexual clássica, já beirando o assédio”, continuou.
A empresa abriu uma investigação para descobrir se Clarky fez ensaios durante o expediente. Ela revelou que chegou a chorar com as perguntas e comentários do colegas da empresa.
“Recebi várias ligações do RH, as conversas foram ficando cada vez mais difíceis e pessoais. Tanto que decidi não responder algumas perguntas. Uma vez estava indo visitar um cliente, e eles me pararam para me mostrar uma foto na qual eu estava usando uma camisa polo azul. Eles me perguntaram se eu estava tirando fotos para o OnlyFans no horário do trabalho. Parecia que alguém da empresa tinha assinado a minha página para ver o que eu estava postando”, explicou.
“Eu era bombardeada por perguntas, foram as duas piores semanas da minha vida. Eu chorei muito e fiquei muito estressada. Foi uma caça às bruxas, eles queriam algo para me demitir”, acrescentou.
Sparky fatura mais agora do que nos tempos de vendedora. Apesar da melhora da vida financeira, ela explica que nem tudo é mil maravilhas: “Assim como acontece com as strippers e outras profissionais do sexo, as pessoas acham que é o caminho mais fácil, não veem como um trabalho real. Eles acham que é fácil ficar nu e ganhar dinheiro. Então não tem respeito porque não é visto como trabalho duro."
“As mulheres precisam se manifestar sobre esse comportamento e expor essas pessoas pelo que fazem. Precisamos de um espaço seguro para poder fazer isso e um sistema de apoio entre nós onde possamos conversar sobre essas coisas. A saúde mental é muito importante e acho que a comunidade de profissionais do sexo está repleta de pessoas que lutam para serem mentalmente saudáveis. Eu quero que todas essas pessoas saibam, você não está sozinho, podemos estar lá um para o outro e podemos proteger uns aos outros”, completou.