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Zé Celso e Silvio Santos travaram batalha judicial por terreno durante 40 anos

Dramaturgo, que morreu aos 86 anos nesta quinta-feira, 6, era contrário a construção de prédio ao lado do Teatro Oficina, em SP

6 jul 2023 - 12h05
(atualizado às 12h32)
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Zé Celso em foto de 2011
Zé Celso em foto de 2011
Foto: Juan Guerra / Estadão / Estadão

Ícone do teatro brasileiro, o dramaturgo, diretor e ator José Celso Martinez Corrêa, que morreu nesta quinta-feira, 6, aos 86 anos, na capital paulista, travou uma longa longa batalha judicial com o Grupo Silvio Santos.

Por mais de 40 anos, Zé Celso defendeu que o terreno localizado ao lado do Teatro Oficina Uzyna Uzona, entre as ruas Jaceguai, Abolição, Japurá e Santo Amaro, não fosse descaracterizado. O local pertence a Silvio Santos desde a década de 80, mas foi tombado e não pode ser alterado, atrapalhando os planos do Dono do Baú de construir três prédios de até 100 metros de altura e mais de mil apartamentos. 

A construção alteraria o projeto feito pela arquiteta Lina Bo Bardi em 1992, que foi tombado pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2010. 

Em 2018, o Iphan chegou a dar liberar a construção dos prédios residenciais ao redor do Oficina, mas a Justiça vetou o projeto e considerou também que a construção causaria danos ambientais - a rua Jaceguai foi construída sobre a canalização do córrego dos Pintos - além de danos ao patrimônio arquitetônico.

Acidente

Zé Celso deu entrada em estado grave no Hospital das Clínicas em São Paulo na terça-feira, 4, após um incêndio atingir o seu apartamento, no bairro Paraíso, na zona sul da cidade. Ele chegou a sofrer graves queimaduras pelo corpo e ser intubado. Na quarta-feira, 5, o seu estado de saúde piorou, afetando principalmente a função renal do artista.

Fonte: Redação Terra
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