Segurança reforçada fez alvoroço no Globo de Ouro
Segunda, 21 de janeiro de 2002, 17h38
Mais do que o glamour, a segurança foi o tema do Globo de Ouro no domingo. Jornalistas e agentes foram, sem exceção, fotografados, tiveram sua impressão digital tirada e receberam identidades com foto, que limitavam o acesso a certas áreas de acordo com suas cores e códigos de barra. Guardas com fones de ouvido estavam de vigilância a cada poucos metros. "Com toda essa segurança, a gente até acha que vai ver algo importante", brincou o presidente da HBO Films, Colin Callender. A imprensa e os agentes foram levados em ônibus especial para o hotel Beverly Hilton, onde aconteceu a cerimônia, mas astros e estrelas fizeram a chegada tradicional de limusine. A presidente da Universal Pictures, Stacey Snider, disse que os guardas "checaram debaixo dos espelhos do carro, no porta-malas e no motor". Ela brincou: "Eles disseram que eu tenho batons demais", depois que sua bolsa disparou o detetor de metais. O produtor de A Beautiful Mind, Brian Grazer, afirmou: "A segurança foi eficiente, quase mecanizada". O chefe do Grupo Elite, que fez a segurança do evento ao lado da polícia e do FBI, disse que o nível foi o mesmo dos Jogos Olímpicos, mas em escala menor. A despeito de toda a segurança, dois dos caçadores de autógrafos mais notórios de Los Angeles foram vistos no lobby do hotel. Eles tiveram a idéia de se hospedar ali, e não podiam ser expulsos pela segurança. A razão mais importante para o evento ter ocorrido, apesar dos empecilhos, é simples: a Associação dos Jornalistas Estrangeiros de Hollywood angaria cerca de US$ 2 milhões com o Globo de Ouro, que é praticamente sua única fonte de renda.
Reuters
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