Grávida e na UTI, Lucilene Caetano comemora melhora gradativa e relembra experiência de quase morte: 'Muito pesado'
Em entrevista à Contigo!, Lucilene Caetano, ex-apresentadora da Band, abre o coração ao falar sobre seu drama pessoal. Grávida, ela segue na UTI
Grávida do quarto filho, a jornalista Lucilene Caetano, de 40 anos, segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da maternidade São Luís Star, em São Paulo, após contrair influenza e pneumonia bacteriana. A ex-âncora da TV Band teve o lado esquerdo do pulmão tomado pela infecção e um derrame pleural. Ao relatar, por meio das redes sociais, sua condição delicada e confessar medo diante da doença, a apresentadora comoveu centenas de pessoas, que diariamente fazem questão de enviar mensagens de apoio. Em entrevista à Contigo! nesta quinta-feira, 7, a comunicadora abre o coração. Mesmo ainda sem previsão de alta, ela comemora melhora gradativa e relembra drama.
Lucilene inicia atualizando seu estado de saúde. Segundo ela, segue estável. Porém, com pequenas evoluções a cada dia. "Cada pequena melhora já é uma grande vitória . De fato, estive a um passo do céu. Foi realmente bem grave. Mas eu não tinha noção (....) Na verdade, fui tomar essa consciência agora que estou pouco a pouco melhorando. Achei que eram apenas alguns sintomas gripais. Me mediquei em casa, mas percebi que não melhorava, só piorava cada dia mais. Graças a Deus, por iniciativa do meu marido, ao ver o estado que eu estava, procuramos o pronto socorro", conta.
"Sinto que estou melhorando. É um processo lento. Tive praticamente todo meu pulmão tomado pela bactéria (...) Deu tempo de não precisar entubar, mas foi muito pesado. Então, analisando do dia que cheguei a hoje, sinto que está sendo uma grande vitória estar aqui e viva! Evoluindo pouco a pouco, dia após dia. A tosse já diminuiu, não tive mais febre, dores, calafrios (…) A falta de ar que ainda é o grande incomodo, pois reflete em coisas muito simples como andar, falar, mastigar; mas enfim, faz parte. Estamos fazendo bastante fisio respiratória, e isso tem ajudado demais na melhora", acrescenta a jornalista.
A saúde mental de Lucilene foi bastante afetada com todo o seu drama. "Estou abalada. Sempre fui uma pessoa muito destemida, forte, corajosa. Saí de casa aos 19 anos, me mudei de estado/cidade aos 25. Então, nunca tive medo de nada. Sempre fui pra cima, uma pessoa ativa que gosta de fazer, de ajudar, sempre fui muito guerreira, desbravadora. E de repente me vi à beira da morte. Agora, parcialmente incapaz até ter minha saúde de volta em cem por cento. Então, tudo isso, claro, abala a gente!", frisa.
"Hoje não sou mais uma pessoa sozinha. Sou mãe, casada, tenho três filhos e estou grávida! Meu esposo está sempre ao meu lado. Enfim, não tenho medo da morte, pois acredito que estou aqui com o objetivo maior que é a santidade, a eternidade, o céu. Mas supliquei a Deus para não me levar ainda, pois quero ver meus filhos casados, com suas famílias construídas e envelhecer ao lado do meu marido. Hoje consigo ler, escrever, ouvir, mas falar ainda está sendo um pouco dificultoso por conta da falta de ar. Quando paro para falar sobre isso tudo que está acontecendo, refletir (…) Enfim, já começo a chorar. Logo eu, que sempre fui forte, raramente chorava. Agora vejo que meu psicológico ficou abalado com tudo isso. Medo? Medo de deixar meus filhos pequenos, perder minha bebê que carrego em meu ventre e não envelhecer ao lado do meu marido", continua a jornalista.
Lucilene relata como vem encarando este momento tão delicado em sua vida. "Ainda não entendi direito, sabe? Às vezes, me sinto perdida ainda em relação a tudo o que está acontecendo, pois estava superbem e, do nada, um vírus, uma bactéria; mudou tudo. Tenho lido as mensagens carinhosas que recebo nas redes sociais. É uma forma de passar o tempo e me fortalecer a cada coisa que leio. Muitas pessoas rezando por mim - muita gente que sequer me conhece ou conhecia. Isso me fortalece. Acho que talvez, em casa, eu vá conseguir pensar melhor sobre tudo isso, mas tenho refletido a vida e recalculado a rota!", avalia.
À ESPERA DE UMA MENINA
A apresentadora está esperando uma menina e conta que está tudo bem com o bebê. "Graças a Deus está bem! Aparentemente ela não foi atingida em nada. Os exames apontam que está tudo bem com ela, que ela segue crescendo e se desenvolvendo bem", informa Lucilene, acrescentando que todas as três gestações anteriores foram superbem. "Tive uma cesárea e dois partos normais incríveis! No último, inclusive, nasceu na água sem anestesia ou episiotomia. Sempre pratiquei muitas atividades físicas em todas as gestações", pontua.
"Na segunda gestação, inclusive, apresentei um jornal à noite e meu bebê nasceu de manhã. Sempre fui ativa nas gestações, trabalhando, praticando atividades físicas, nunca tive qualquer intercorrência. Porém, isso não me desanima. Somos abertos à vida e decididamente teremos mais filhos, se assim Deus quiser, quantos Deus mandar. Não temos número fechado quanto a isso. Entendemos que filhos são herança do Senhor. Então se serão quatro, cinco, seis, dez, não sei; sei que essa intercorrência não nos faz não desejar mais filhos. Enquanto Deus permitir e nos enviar, os teremos", emenda.
FORÇA DOS FILHOS E MARIDO
Parte de sua força e fé vem da família. Seus três filhos - todos meninos - e o marido, o lutador e ex-A Fazenda Felipe Sertanejo, dão doses diárias de otimismo e amor para Lucilene, que está internada desde o dia 26 de outubro. "O Felipe tem se saído um superpaizão. Coisa que também não é novidade para ninguém, pois ele já é no dia a dia mesmo. Porém, agora está se virando com os três. E quando eles estão na escola, vem pra UTI me dar força. Não quero que os meninos fiquem vindo à UTI, pois não quero que eles guardem essa imagem na memória deles. Então, eles vieram duas vezes apenas, desde que estou aqui", conta.
O caçula, ela ainda não viu desde então. "Acho ele muito pequenino ainda para isso. Quando for pra SEMI UTI, ele me visitará. Mas fico aqui com muita saudade, muita mesmo! Às vezes, até dói o peito. Mas faz parte, acredito que logo sairemos dessa. Minha sogra também tem dado uma força com eles. Então, fico mais tranquila em saber que estão sendo bem cuidados. Falamos sempre por vídeo também, o que nos ajuda muito", acrescenta.
CARINHO DAS REDES SOCIAIS
Muito agradecida, Lucilene volta a falar do carinho que tem recebido nas redes, e do quanto essas manifestações públicas a dão força neste momento. "Muita, sem sombra de dúvidas! Eu fico frustrada de não conseguir responder a todos, pois são muitas mensagens e elas não param de chegar. E tenho agonia de notificação no celular e deixar as pessoas sem resposta. Então, quero responder a todos. Estou tentado! Cada mensagem me ajuda demais, realmente me fortalece a suportar isso tudo", celebra.
A comunicadora relembra momentos de medo quando recebeu o diagnóstico. "Muito medo! Acho que a palavra medo nunca se fez tão presente em minha vida. Minha força vem da minha fé. Não tenho dúvidas disso. Sou católica e tenho minhas devoções. Faço minhas orações, rezo, sou de missa diária, vou todos os dias à missa, rezo terço todos os dias, então acho que isso é o que fortalece nessas horas", reflete.
'LEVAR MEU TESTEMUNHO'
Lucilene não vê a hora de poder voltar para a casa, e conta o que mais tem vontade de fazer assim que deixar o hospital. "Quero abraçar meus filhos e meu marido! Fazer um abraço coletivo bem forte! Quero jantar com eles, curti-los! Quando estiver melhor, viajar, que é algo que gostamos muito de fazer. Mas penso muito em levar meu testemunho de tudo isso as pessoas, tudo que tenho vivido aqui em detalhes. Alertar mais sobre a saúde, falar mais a outras mulheres que também passam por dificuldades e intercorrências nas gestações e fazer o que faço: comunicar!", elenca.
"Comunicação é o que amo! Sou apresentadora de TV, jornalista, mas antes de tudo, sou uma comunicadora. E hoje temos a internet aí pra falarmos e levarmos informação de qualidade. Então, quero ser útil! Estou cansada de falar de esporte. É um tema que não me interessa mais. Foram mais de 20 anos falando disso. Quero falar sobre temas que ajudem de fato quem estiver me assistindo ou ouvindo. Seja num podcast, numa TV, em algum site ou streaming. O importante será ser útil!", finaliza a jornalista.
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