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Grupos neonazistas celebram gesto polêmico de Elon Musk

Reação de supremacistas brancos contextualizou gestual do empresário durante evento no dia da posse de Trump

21 jan 2025 - 19h36
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Foto: YouTube/PBS News / Pipoca Moderna

Gesto provoca interpretações e reações contraditórias

Elon Musk se tornou alvo de controvérsia após fazer um gesto durante um comício no primeiro dia do novo governo de Donald Trump. O movimento foi interpretado por muitos como um aceno nazista. Apesar da gravidade da polêmica, o empresário não desmentiu a interpretação. Em vez disso, ironizou as críticas, debochando das frequentes acusações de fascismo dirigidas ao governo Trump.

Entre grupos nacionalistas e supremacistas brancos, a reação foi de celebração. A organização White Lives Matter, conhecida por promover discursos extremistas, publicou um agradecimento direcionado a Musk, mencionando que o gesto simbolizava apoio às suas ideias. "Obrigado por (às vezes) nos ouvir, Elon. A Chama Branca se erguerá novamente", afirmou uma nota do grupo, que exalta a "superioridade branca" e frequentemente utiliza símbolos e narrativas nazistas.

Extrema direita reage com entusiasmo

Grupos de extrema direita rapidamente demonstraram apoio ao gesto de Musk. Andrew Torba, fundador de uma rede social associada a antissemitas e supremacistas brancos, compartilhou a foto do empresário e escreveu: "Coisas incríveis já estão acontecendo". No Telegram, canais de memes nazistas também comemoraram o episódio.

Evan Kilgore, comentarista político de direita e ex-embaixador do grupo conservador Turning Point USA, expressou empolgação nas redes sociais ao associar o gesto ao nazismo. Kilgore declarou: "Elon Musk acabou de fazer Heil Hitler no comício de posse de Trump em Washington DC. Isso é incrível."

O grupo extremista Proud Boys, conhecido por sua atuação durante a invasão do Capitólio em 2021, publicou a foto de Musk acompanhada da frase: "Heil Trump". A recente libertação de membros do grupo, beneficiados por perdão presidencial de Trump, reforçou o tom de celebração. Jacob Chansley, conhecido como o "Viking do Capitólio", anunciou após o perdão: "Agora vou comprar armas".

Críticas e defesa de organizações

A Anti-Defamation League (ADL), organização que combate o antissemitismo, saiu em defesa de Musk, afirmando que o gesto parecia ser apenas um movimento estranho de entusiasmo, sem conotação nazista.

Entretanto, figuras do Partido Democrata criticaram a normalização do episódio. Durante uma sabatina para confirmação de nomeações do novo governo, o senador Chris Murphy cobrou que os aliados de Trump tomem uma posição clara contra o antissemitismo, mesmo quando envolvem figuras próximas ao presidente.

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