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Johnny Depp perde processo de difamação contra jornal

The Sun chamou o ator de "espancador de esposa"; juiz afirmou que tabloide fez afirmações "substancialmente verdadeiras"

2 nov 2020 - 11h20
(atualizado às 11h42)
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O astro de Hollywood Johnny Depp perdeu nesta segunda-feira sua batalha alegando difamação contra um tablóide britânico que o rotulou de "espancador de esposa", depois que um juiz da Suprema Corte de Londres decidiu que ele havia agredido repetidamente sua ex-parceira, colocando-a numa posição de temer por sua vida.

Johnny Depp durante Festival de Cinema de Zurique
02/10/2020 REUTERS/Arnd Wiegmann
Johnny Depp durante Festival de Cinema de Zurique 02/10/2020 REUTERS/Arnd Wiegmann
Foto: Reuters

Em uma decisão que poderá prejudicar seriamente a reputação e a carreira de Depp, o juiz Andrew Nicol afirmou ter aceitado as alegações da ex-mulher do ator, a atriz Amber Heard, de que ele a havia agredido violentamente durante seu tempestuoso relacionamento de cinco anos.

"Eu descobri que a grande maioria dos alegados ataques à Sra. Heard pelo Sr. Depp foram comprovados de acordo com o padrão civil", disse Nicol. "O reclamante não obteve sucesso na ação por difamação."

Os advogados de Depp descreveram a decisão como "perversa e desconcertante" e disseram que seria ridículo ele não apelar.

Depp, 57, estrela de filmes como "Piratas do Caribe" e "Edward Mãos de Tesoura", processou o News Group Newspapers, os editores do Sun e um de seus jornalistas, Dan Wootton, por causa de um artigo de 2018 que afirmava que ele tinha sido violento com Heard, 34.

O jornal também questionou o fato de ele ter sido escalado na franquia de filmes "Animais Fantásticos e Onde Habitam".

Nicol decidiu que as alegações do jornal eram "substancialmente verdadeiras".

Ao longo de três semanas na Suprema Corte de Londres em julho, o juiz ouviu evidências de Depp e Heard sobre seu casamento, supostos casos amorosos, seu estilo de vida hedonista, a batalha contra bebidas e drogas, e suas brigas furiosas.

Cada um acusava o outro de explosões violentas.

Heard disse que Depp se transformava em um alter ego ciumento, "o monstro", depois de consumir drogas e álcool. Ele ameaçou matá-la com frequência, ela afirmou. Heard detalhou 14 ocasiões de violência extrema quando disse que o ator a estrangulou, esmurrou, estapeou, deu uma cabeçada, estrangulou e chutou.

Nicol disse que aceitava 12 desses relatos como verdadeiros, incluindo a agressão a Heard após sua festa de 30 anos e um outro incidente que a deixou com os olhos roxos. Ele também apoiou a descrição de Heard de um período de três dias de "ataques contínuos e múltiplos" enquanto eles estavam na Austrália.

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