Poesia domina segundo dia de Jornada
Quinta, 30 de agosto de 2001, 14h49
O segundo dia de Jornada foi dedicado à poesia. Na mesa-redonda, sete poetas buscavam um leitor. Ignácio de Loyola Brandão, Martha Medeiros, Ricardo Silvestrin, PlÃnio Cabral, o argentino Rodolfo Alonso e os angolanos Ana Paula Tavares e Rui Duarte conversaram sobre a poesia e seu leitor. Com muito bom humor e descontração os poetas tornaram a conversa agradável. O primeiro a falar foi Loyola, que destacou a invasão dos poetas na Internet. Segundo o autor, é nela que eles encontram a maioria dos seus leitores, pois lá a poesia está acessÃvel a todos. Também afirmou a existência de um poeta dentro de cada pessoa e de como é importante ativá-lo. Para finalizar, ele sugeriu a leitura de poemas e declamou um dos seus: A implosão da leitura. Ana Paula Tavares, angolana, leu com profunda emoção três poemas de Diz-me coisas amargas como os frutos. A escritora Martha Medeiros ressaltou que o livro é uma relação a dois, mas que ao escrever não busca um leitor, apenas a si mesma. Martha ressaltou a importância de Marina Colasanti em sua carreira e leu um dos seus poemas de amor. A autora era a mais esperada do público para este dia. Outro representante da Angola, Rui Duarte, falou da dificuldade do seu povo em ter contato com os livros. Para Duarte, o leitor ideal é aquele que não só o entenda, mas que ele possa entender. Ricardo Silvestrin falou um pouco da sua carreira. Com seis livros editados, o autor já ganhou três prêmios Açorianos. Depois recitou alguns poemas para o público que ainda não o conhecia entrasse em contato com seu trabalho. Para o argentino Rodolfo Alonso, que passou boa parte da vida traduzindo poesias, a verdadeira poesia é intraduzÃvel, por isso declamou poemas em sua lÃngua natal e também em português. Alonso contou, também, que já passou por vários festivais de poesia, no mundo inteiro, mas que nenhum se compara a este de Passo Fundo. O último a falar foi PlÃnio Cabral, afirmando que é preciso estabelecer um contato entre o autor e o escritor para que eles falem a mesma lÃngua. Para Cabral o escritor realiza o milagre da comunicação alma a alma. Entre poemas, opiniões e brincadeiras, a tarde seguiu com perguntas feitas pelo público aos autores. Leia mais: » Rui Duarte acredita na busca de leitores » Martha Medeiros é a autora mais assediada » PlÃnio Cabral ressalta o comprometimento do leitor » Marina Colasanti discute mercado editorial
Redação Terra
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