Convidados acreditam que jornalismo online não ameaça o impresso
Quinta, 30 de agosto de 2001, 15h29
Na noite de quarta-feira (29) os debatedores chegaram a um consenso: o jornalismo na Internet não ameaça o jornalismo tradicional, assim como o cinema não matou o teatro, a TV não terminou com o rádio e o e-book não matará o livro. Augusto Nunes (Jornal do Brasil), Cláudia Barcelos (Jornal Valor Econômico) e Haroldo Ceravolo Sereza (O Estado de São Paulo) identificaram uma mudança no suporte para a notÃcia ao comparar o jornal escrito e o jornalismo eletrônico, porém os princÃpios da boa informação permanecem os mesmos. A mesa redonda não contou com nenhum representante do jornalismo de Internet, o que certamente comprometeu os debates. No caso da Internet, o meio tem a facilidade de contar com imagem e som, podendo mostrar documentos e servir para pesquisas. Apesar disso, afirmou Augusto Nunes, os recursos que a rede dispõe são pouco explorados. Quando questionados sobre a manipulação da opinião pública pela mÃdia, Nunes disse não acreditar em todo esse poder. Cláudia Barcelos refletiu sobre a função pública dos meios de comunicação quando está sendo regida sob a ótica do lucro das instituições privadas. Todos os debatedores elogiaram a Jornada, mostrando admiração pela quantidade de público e qualidade dos debates proporcionados no Circo da Cultura. Criticaram o trabalho das editorias de cultura no Brasil que pautam de forma maçante sempre os mesmos temas e não abrem espaço para eventos como as Jornadas de Literatura de Passo Fundo. Augusto Nunes e Cláudia Barcelos não esqueceram de desenhar um perfil do bom jornalista: precisa ter melhor formação humanÃstica, ler muito, escrever muito e escrever bem, e amar a verdade acima de tudo. Leia mais: » Augusto Nunes polemiza debates na 9ª Jornada » Bourdoukan relaciona jornalismo e literatura
Redação Terra
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