Mesa-redonda discute literatura, cinema e televisão
Sexta, 31 de agosto de 2001, 11h10
A adaptação de obras literárias para o cinema e para a televisão foi o principal tema da mesa redonda "Televisão e Cinema: Elo na evolução do livro ao e-book". Maria Adelaide Amaral, escritora, consagrou-se pela adaptação de A Muralha e Os Maias. Falou de seu trabalho e do respaldo que teve por parte da Rede Globo para produzir uma minissérie cara. Ressaltou a importância de uma boa qualidade de interpretação e de técnica. De espÃrito inquieto, Fernando Morais fez um breve panorama do papel dos escritores na adaptação. Pessoalmente, não interfere no produto que se transformará o seu livro, afirma o escritor. Segundo ele, não há uma deformação nas adaptações, porque são produtos diferentes. Confirmando o que Fernando Morais tinha exposto, Alcione Araújo diz que sempre haverá surpresa ou decepção por parte dos leitores ao verificarem o resultado final de uma adaptação. Para ela, a frase mais ouvida será: "Gostei mais do livro". Aclamado pelo público, Ziraldo entra em outro assunto polêmico: o porquê da mÃdia não estimular a adesão de mais leitores, não estimular a leitura. Não existem programas sobre livro no Brasil, mas a prática é comum em paÃses como Argentina e Uruguai. Cooperando com a televisão, a mÃdia impresa ignora totalmente os livros. "Isso acontece porque os livros não anunciam, não geram lucros imediatos", disse. Para encerrar, Jaime Lerner, escritor e cineasta, faz crÃticas referentes à cegueira que envolve a televisão, a falta de ênfase dada à produção de curtas-metragens. A televisão não cumpre seu papel, conclui.
Redação Terra
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