Censura e exclusão: viagem pelo circo das linguagens
Sábado, 01 de setembro de 2001, 17h14
Lançando um olhar sobre a 8ª Jornada Nacional de Literatura, os professores do curso de Jornalismo da Universidade de Passo Fundo, João Carlos Tiburski e Sônia Bertol, organizaram um livro de entrevistas que traduzem a essência da Jornada de 1999. Sônia Bertol conta como tudo aconteceu. Pergunta - Como surgiu a idéia de fazer este livro sobre? Sônia Bertol - A idéia surgiu, na verdade, através da professora Tania Rösing, quando ela nos procurou na Agência Experimental de Jornalismo (da UPF) para ajudar na Assessoria de Imprensa da 8ª Jornada. E numa conversa sobre o trabalho que seria realizado, pensamos em fazer esta publicação. Esta idéia nos entusiasmou, então, o professor João Carlos Tiburski e eu chamamos um grupo de cinco ou seis alunos interessados em participar, explicamos a eles qual era a idéia e partimos para o trabalho. Primeiro reunimos os currÃculos dos escritores, lemos suas obras, dividimos alguns autores para cada aluno. Começamos, então, a sugerir pautas, definir o tamanho que cada texto teria. Nos organizamos até o inÃcio da Jornada, depois saÃmos a campo. Pergunta - Como você relaciona esta 9ª edição da Jornada de literatura com as que acompanhou anteriormente? SB - Olha, esta já é a minha quarta jornada consecutiva, eu participo desde a 6ª. Sempre tive vontade de participar. Eu morava em Porto Alegre, lia no jornal que aqui, na minha terra, estava acontecendo este evento e ficava louca de vontade de participar, mas como trabalhava lá, não podia. No ano seguinte ao que eu vim trabalhar aqui, teve a 6ª Jornada, comecei a participar desde aquela. O que mudou neste espaço de tempo é que a cada ano ela aborda mais temas na área do jornalismo. Pergunta - E a cobertura que a mÃdia tem dado a essa Jornada? SB - A mÃdia falhou mais uma vez, como em todas as outras Jornadas. Na primeira vez em que participei, os escritores comentavam que estavam maravilhados, que o evento merecia uma cobertura completa da Globo, do Jornal Nacional, do Fantástico, dos maiores jornais. Isso não aconteceu. Na Jornada seguinte os comentários eram os mesmos, mas a mÃdia continuou da mesma forma. Isso acontece há muitas Jornadas e, como foi dito por alguns escritores nesta Jornada, a grande imprensa não se preocupa em ensinar a ler, por isso não se interessa em eventos como esse.
Divulgação/Redação Terra
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