Jovem Pan: comentarista que irritou Constantino é retirado do ar
Rumores apontam que Leonardo pode endossar lista de demitidos que enfrentaram Constantino
Leonardo Grandini, um dos apresentadores do 'Morning Show', da Jovem Pan, está fora do ar desde segunda-feira, 21, e não há previsões para que ele volte. O jornalista é mais um candidato a aumentar a lista de profissionais dispensados pela emissora após vitória de Luís Inácio Lula da Silva (PT) nas Eleições.
O apresentador foi responsável pela comentário que gerou a saída abrupta de Rodrigo Constantino de um programa ao vivo, na última quarta-feira, 16, ao chamá-la de "puxa-saco de presidente". Vale lembrar que no 'Linha de Frente', no último sábado, 19, os dois voltaram a divergir politicamente.
A reportagem do Terra procurou a assessoria da Jovem Pan, mas não houve resposta até a publicação. O espaço segue aberto.
Demissões na Jovem Pan
A emissora demitiu diversos jornalistas após a eleição de Lula. Nomes de Guilherme Fiuza, da apresentadora Carla Cecato e do repórter Maicon Mendes, que participou da cobertura das Eleições 2022, estão entre os dispensados. Augusto Nunes, Caio Coppola e Guga Noblat complementam a lista.
Carla Cecato estava afastada da Jovem Pan desde o início de outubro, quando decidiu se licenciar para participar da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro, e não vai voltar ao grupo. Durante esse período, ela teve sua credibilidade jornalística questionada por virar uma disseminadora de notícias falsas em seu Instagram. Por conta disso, teve posts bloqueados e recebeu um aviso de que seu perfil não era confiável para informações jornalísticas devido a quantidade de vídeos manipulados. Ela apostava em outra carreira, tentando uma vaga como deputada federal, mas não se elegeu.
Já Guilherme Fiuza era o mais extremista do grupo dispensado. Seu último tuite antes da demissão insinuava que as eleições foram fraudadas. "Os caminhoneiros não estão parados contra o resultado da eleição. Estão parados porque, como a totalidade da população que vive do seu trabalho, pediram eleições limpas e não foram atendidos. Eleição limpa tem que poder ser auditada e não precisa de censura"
De todos os afastados, Augusto Nunes foi o único que foi saudado com um comunicado padrão, incluindo a desculpa da saída "em comum acordo", mas com alerta de "cláusula de confidencialidade".
"Em comum acordo, O Grupo Jovem Pan e o jornalista Augusto Nunes entenderam por bem pôr fim à parceria de trabalho que estava vigente há mais de cinco anos, através da empresa do Augusto, Lauda Comunicação Ltda, sem qualquer animosidade ou juízo de valor", diz o texto. "Os termos e detalhes do deslinde não serão objetos de comentários por conta de o contrato de origem estar acobertado e protegido por cláusula de sigilo e confidencialidade. O Grupo Jovem Pan agradece o jornalista Augusto Nunes e deseja sucesso nas novas fronteiras que ele haverá de desbravar."